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Com três dias de fronteira aberta, comércio exterior movimenta mais de 800 caminhões

POR IMPRENSA | DEZ 2, 2022 | NOTÍCIAS, OUTROS

Porto seco em Corumbá é o mais movimentado do Centro-Oeste, com volume diário de R$ 45 milhões em cargas

A suspensão de bloqueio na fronteira do Brasil com a Bolívia permitiu a retomada no fluxo de caminhões desde a segunda-feira (28) e passados três dias transitaram na faixa de fronteira 837 veículos com cargas para importação e exportação. A média, entre segunda e esta quarta (30), foi de 279 veículos pesados cruzando o Posto Esdras, sendo que a média normal é de 180. Esse tráfego mais intenso é esperado para durar ao menos até a próxima semana, até que haja a normalização do transporte de cargas.

A Receita Federal em Corumbá divulgou no começo da noite desta quarta-feira (30) que montou um cronograma de atendimento de plantão para amenizar prejuízos que somama R$ 1,2 bilhão gerado por conta da interrupção do comércio exterior no perído de bloqueio boliviano. Houve reunião na semana passada e na segunda entre integrantes da Receita, entidade de transporte, caminhoneiros, autoridades bolivianas e empresas para ser definida ações emergenciais que amenizem os prejuízos comerciais.

O Porto Seco passou a funcionar desde o dia 28 de novembro com horário estendido para aumentar o número de liberações de caminhões por dia. Aos sábados, haverá expediente normal para permitir também que mais veículos consigam a liberação tanto para entrar como para sair do Brasil. Essas medidas devem durar enquanto houver cargas represadas.

Só em Corumbá e Puerto Quijarro havia a previsão que em torno de 1,2 mil cargas estavam paradas, conforme estimativas do Sindicato das Empresas de Transporte e Logística do Pantanal (Setlog-Pantanal). Nessa lista estavam implementos agrícolas, combustível, insumos para fertilizantes, bebidas, entre outros produtos.

Para permitir melhor fluxo de caminhões é preciso uma ação coordenada entre o Porto Seco da Agesa (Armazéns Gerais Alfandegados de Mato Grosso do Sul), o Posto Esdras (da Receita Federal) e a Alfandega na Bolívia, que fica em Puerto Quijarro, logo depois da ponte da Amizade, que divide os dois países. As cargas precisam passar por essas três etapas para serem despachadas legamente.

“A Receita Federal em Corumbá-MS reuniu-se na segunda-feira (28/11) com os representantes do Porto Seco, da Aduana Boliviana e dos transportadores com o objetivo de buscar alternativas para proporcionar maior fluidez no comércio exterior local. Com a ampliação do horário, em 3 dias úteis saíram 618 veículos carregados com destino à Bolívia, e ingressaram no Brasil 219 veículos com carga. Em média, ocorreu um fluxo de 279 veículos por dia, número bem superior aos 180 veículos carregados que transitam diariamente entre os dois países”, detalhou a Receita na região do Pantanal, em nota.

O funcionamento diferenciado vai ser avaliado diariamente por servidores com os funcionários da Agesa e a aduana boliviana e vai prosseguir enquanto a demanda de caminhões estiver represada. Diariamente há a estimativa que R$ 45 milhões em carga são movimentados entre Corumbá e Puerto Quijarro.

Esse bloqueio da fronteira, que começou em 22 de outubro, durante a noite, e durou até a noite do dia 26 de novembro foi o mais longo dos últimos cinco anos. Agora em 2022, outros bloqueios bolivianos ocorreram na região. Em um deles, ocorrido em agosto, durante dois dias, gerou uma fila de 400 caminhões na fronteira. O protesto mais recente ocorreu porque os Comitês Cívicos na Bolívia, capitaneados pelo de Santa Cruz, cobraram do governo federal locala realização do censo demográfico em junho de 2023. O presidente Luis Arce (MAS) sustentou que o censo só poderia ser realizado em 2024. Atualmente há tratativas que se encaminham para as duas partes entrarem em consenso. Como ainda não foi sacramentada a realização do censo no ano que vem, novos protestos podem ocorrer.

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