Foto: Brendan Smialowski/ AFP/JC
As conclusões do primeiro turno eleitoral no Brasil para as candidaturas à presidência e a outros cargos de governança projetou os rumos que alguns setores aguardavam, como no caso das entidades do transporte rodoviário de cargas e sindicâncias relacionadas.
Desde janeiro deste ano, o setor do transporte rodoviário de cargas (TRC), apresentou um crescimento exponencial com relação a outros apesar da oscilação econômica frente à pandemia. Conforme dados divulgados pela Confederação Nacional do Transporte, a partir de indicadores publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) de transportes aumentou 13,1% comparado ao segundo trimestre de 2021.
Com a extrema importância do TRC para o País, as entidades de classe manifestam a importância de discutirem, junto aos atuais candidatos ao governo, as propostas e as proeminências desses assuntos para o futuro da área com base nas apurações e no balanço para o segundo turno das eleições.
Conforme avaliação de José Alberto Panzan, diretor da Anacirema Transportes e presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região (Sindicamp), “as demandas do setor têm sido discutidas constantemente nas entidades sobre como serão colocadas em prática e sua viabilidade para que os associados possam estar mais esclarecidos e para que possam votar de maneira mais assertiva. Os sindicatos buscam junto aos candidatos de cada região apresentar essas intenções, explicando, com conhecimento de causa, a sua importância, de acordo com as informações divulgadas pela assessoria de comunicação do Sindicamp.
A atuação política das entidades do transporte para além do período eleitoral pode garantir a estabilidade nas operações logísticas do transporte rodoviário de cargas. Em reforço, Panzan complementa: “Defendo que temos que ser protagonistas, não coadjuvantes. Desta forma, é importante que as lideranças das entidades de classe tenham uma atuação permanente junto aos gestores públicos visando solucionar suas demandas. Se realizarmos esse debate somente no período eleitoral, não teremos sucesso nunca”.
O reflexo econômico com o resultado parcial das eleições repercute no setor de transporte uma possibilidade de se mensurar as expectativas que afligem os representantes e participantes dessas entidades de classe. “As principais demandas do setor rodoviário de cargas hoje, a meu ver, são a manutenção da desoneração da folha de pagamento, que contribui para a geração e conservação de empregos em nosso setor; a necessidade de novas licitações para as concessões rodoviárias e não a extensão dos contratos atuais, visando à diminuição dos valores de pedágio; e a logística sem papel, simplificando o número de documentos e de papéis nas operações do transporte”, afirma o executivo.
Em suma, com o resultado definitivo, ficarão mais visíveis os rumos que o setor de transporte de cargas poderá tomar.
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