Por FENATAC Comunicação
31/08/2021
No Congresso Nacional é assim: temos a bancada da bala, a bancada evangélica, bancada do agro, isso só para citar três. Mas por que não temos a bancada do transporte? Muitos vão dizer que é porque somos desunidos, cada um por si, outros podem entender que ainda não surgiu ninguém com relevância suficiente para representar o transportador.
Mesmo que em parte isso possa ser verdade, não podemos simplesmente ficar acomodados e sair por aí repetindo esses argumentos fáceis, sem questionarmos o que fazemos de fato para mudar este cenário.
Também não podemos nos comparar com outros setores. O agronegócio, por exemplo, praticamente nasceu com nosso país, está presente na política brasileira há muitas décadas e possui recursos que, definitivamente, não temos.
Mas tudo isso não significa que somos incapazes de nos inserir no cenário político nacional, de nos organizar e, de maneira inteligente, começar um trabalho a médio prazo para formar uma base parlamentar.
Sem dúvida, isso exige esforço e dedicação, planejamento, avaliações desapaixonadas de cenários por estado, de quais cargos temos mais chances de pleitear, de quem ou de quais pessoas podem melhor representar os transportadores e, dentre eles, quem por algum motivo, pode atrair votos suficientes para se eleger um parlamentar.
Também não pode ser um trabalho isolado, responsabilidade única do candidato. Precisamos buscar recursos, abrir as portas de nossas e de outras empresas para que o eventual candidato possa se apresentar aos empregados, viabilizar juntos ações e eventos para que ele se aproxime dos eleitores e muito mais.
O que definitivamente não é possível é ficarmos sentados em nossas poltronas sem fazer nada além de reclamar de que somos desunidos, que não temos força no congresso.
E por que não começarmos agora? Mas “começar do começo”, discutindo entre nós a viabilidade de se montar uma candidatura viável, seja partindo de Goiás, do Distrito Federal, de Tocantins ou do Mato Grosso, isso falando da circunscrição da nossa Federação.
Seja de onde for, desde que esse candidato realmente nos represente, seja uma pessoa do transportador dentro do congresso, pouco importa de que estado ele sairá.
Você ainda pode pensar: mas de que adianta termos um único deputado, um único senador? Bem, temos de começar, de ter os pés no chão e, pouco a pouco, podemos ganhar musculatura e mais parlamentares.
Se elegermos um parlamentar, três em seguida, cinco depois, formaremos um dia nossa base. Se ficarmos só lamentando, seremos meros expectadores da história!
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