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FIERGS inaugura mostra da indústria gaúcha

POR IMPRENSA | NOV 9, 2022 | NOTÍCIAS, OUTROS

Foto: Anselmo Cunha/Agência RBS


Com duração de 10 dias, evento pode ser embrião de um museu permanente sobre a história da atividade industrial no Estado

Foi inaugurada na tarde desta terça-feira (8) a Mostra da Indústria Gaúcha, organizada pela Fiergs. O evento terá duração de 10 dias e ocupa o salão de convenções da sede da entidade, na zona norte de Porto Alegre.

A proposta da mostra é fazer um resgate histórico da atividade industrial no Rio Grande do Sul, projetando também o futuro do segmento. Por isso, o evento tem como lema a frase “Do charque ao chip, do chip ao metaverso”, fazendo referência ao que a Fiergs considera como a primeira indústria gaúcha, a do charque, e também ao que a entidade destaca como um dos principais focos para o setor nos próximos anos, a indústria eletrônica e o universo digital.

Realizada pela primeira vez neste ano, a mostra apresenta cinco painéis de LED que projetam uma linha do tempo da atividade industrial e fabril no Rio Grande do Sul. Também estão em exposição maquinários e objetos históricos confeccionados pela indústria do Estado, como a famosa Capa Renner, criada pelo empreendedor A. J. Renner em 1913 e que foi muito popular entre os caixeiros viajantes do século XX no Brasil e em outros países da América do Sul, sendo comercializada ainda hoje.

A data de realização da exposição também remete a outro evento ligado à história da indústria no Rio Grande do Sul. Na última segunda-feira (7), completaram-se 92 anos da criação do Centro da Indústria Fabril (Cinfa) no Estado, também sob liderança inicial de A. J. Renner, e que sete anos depois daria origem à Fiergs, fundada oficialmente em 1937.

— A história que está sendo contada nos possibilita enxergar a relevância que a fundação do Cinfa teve no crescimento e fortalecimento do setor. Essa cronologia de pioneirismo e associativismo ajudou a transformar a manufatura nesta força econômica atual do Rio Grande do Sul — afirmou Gilberto Petry, presidente da Fiergs, no discurso de abertura da mostra.

A Fiergs tem ainda como objetivo a evolução da mostra para a criação de um museu permanente sobre a história da atividade industrial no Rio Grande do Sul. Este museu se localizaria na própria sede da entidade e mesclaria exposições físicas e virtuais.

— Esse museu é uma iniciativa que já pensamos há muito tempo, e estamos trabalhando para que se concretize. Isso tem um custo, mas assim como as pessoas vão em diversos museus pelo mundo para saber o que aconteceu no passado, a história da indústria gaúcha também tem que ser contada e mostrada para o público — acrescentou Petry.

Projetando o futuro, a Fiergs também deseja se manter cada vez mais atualizada em relação aos avanços tecnológicos mais recentes. Um exemplo desta iniciativa é a inserção da entidade no metaverso, como explica Júlio César Magalhães, coordenador de projetos da entidade:

— Queremos testar o metaverso para levar essa experiência para o setor industrial do Rio Grande do Sul. Nosso projeto é ter um showroom permanente de produtos fabricados aqui no Estado, então, se hoje os grandes grupos conseguem ir para o Exterior, as pequenas e médias indústrias poderão atingir um universo ilimitado de países e de consumidores através do metaverso, pois a qualquer momento alguém poderá acessar este espaço, ver os produtos expostos e fazer contato com o fabricante.

Segundo a Fiergs, há atualmente 24 segmentos de atividade industrial no Estado, com exportação de produtos para mais de 160 países, e aproximadamente 50 mil fábricas em funcionamento, que empregam diretamente cerca de 800 mil pessoas.

Depois de Porto Alegre, a Fiergs estuda levar a exibição para outras regiões do Estado.

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