Filipe Scotti/FIESC
Manutenção dos incentivos fiscais e investimentos em infraestrutura de transporte e em energia encabeçam as demandas do empresariado.
A Federação das Indústrias (Fiesc) apresentou as prioridades do setor ao governador eleito de Santa Catarina, Jorginho Mello, em reunião realizada na sede da Federação, em Florianópolis, na sexta-feira, dia 18. O evento contou com a presença de lideranças
industriais de todo o estado que elencaram a manutenção dos incentivos fiscais e os investimentos em infraestrutura de transporte e em energia como prioritários para o bom desempenho da atividade industrial. “A indústria catarinense não quer nenhuma benesse. Quer condições para competir. Por isso, é importante criar um ambiente favorável para que o setor possa se desenvolver cada vez mais”, afirmou o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.
Incentivos fiscais – Diante da exigência legal para revisar os incentivos fiscais em 2023, Aguiar observou que o setor não vê tais incentivos como renúncia fiscal, mas, sim, como um instrumento que o estado tem para alavancar o desenvolvimento econômico. “Queremos participar dessa discussão importante com o governo e a Assembleia Legislativa para continuar o programa de incentivos”, disse. Ele salientou que isso é importante, inclusive, para evitar a perda de empresas para outros estados.
O presidente da Fiesc também chamou atenção para a diversificação industrial catarinense, cujos principais destinos dos produtos manufaturados são mercados exigentes, como os Estados Unidos e a União Europeia. “Isso mostra a qualidade do setor, que precisa de parcerias para continuar progredindo”, completou. Ele também colocou a entidade à disposição para criar programas de formação de mão de obra, outra grande demanda da indústria e do mercado de trabalho catarinense.
Canal aberto – O governador eleito, por sua vez, disse que o canal de diálogo está aberto com o setor produtivo. “Somos parceiros e vamos continuar juntos para fazer desse estado um estado cada vez melhor”, afirmou. “Sobre os incentivos fiscais, vamos dar uma olhada com carinho nisso. Não precisamos aumentar tributo, mas sim, arrecadar com eficiência”, declarou.
Em seu discurso, Mello observou que os estados, no geral, estão endividados e o orçamento é todo comprometido. “Penso assim: se reduzir a carga tributária, se arrecada mais. Sou minoria nesse pensamento, mas estou convencido de que reduzindo a carga conseguiremos incluir quem está fora e arrecadar. Vou ver uma forma justa para termos um secretário da Fazenda que olhe os dois lados: do governo e do lado de quem produz e precisa ser apoiado. Temos que ser um facilitador”, declarou. Ainda em sua explanação, ele ressaltou a importância dos investimentos em infraestrutura, principalmente para garantir o término da duplicação da BR-470, e avançar nas rodovias 282, 280 e 163. Também disse que pretende fazer um programa de revitalização das rodovias estaduais e vai elaborar um programa de crédito para micro e pequenos negócios, a exemplo do Pronampe. Também defendeu aumento dos investimentos em energia trifásica e em saneamento básico – aproveitando a aprovação do marco regulatório do setor.
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