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Governo federal deve liberar R$ 800 milhões para produtores na próxima semana

Fonte: Jornal do Comércio

18/02/2022


Após movimentações de forças políticas do Rio Grande do Sul, com a presença do governador do Estado, da Secretária Estadual da Agricultura e de deputados da Assembleia Legislativa em Brasília em janeiro e fevereiro, o produtor rural deve ver o primeiro retorno efetivo do governo federal para mitigar os impactos da estiagem na agropecuária.


Na próxima semana, devem ser liberados R$ 800 milhões via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para o rebate de cerca de 80% do custeio de produção para os agricultores. O valor seria a primeira parte de um total de R$ 2,7 bilhões que as principais entidades do agronegócio do Sul brasileiro acreditam ser necessário para parcelar as dívidas dos produtores que perderam rentabilidade com a seca.


Segundo o senador Luis Carlos Heinze (PP), o governo teve que “garimpar” esse recurso. "Isso já está acertado. Vai sair. Vai ser anunciado na semana que vem a liberação de crédito rural de R$ 800 milhões para custeio e investimento via Pronaf", afirmou o pré-candidato ao Palácio Piratini.


Segundo ele, a verba é parte da solução dos problemas enfrentados pelos produtores a partir da estiagem. “O Paulo Guedes (ministro da Economia) e a Tereza (Cristina, ministra da Agricultura, Pesca e Abastecimento) já acharam esses recursos, que são parte dos R$ 2,7 bilhões. Falei com o Rodrigo Pacheco (PSD, presidente do Senado Federal) e estamos acertando reunião com a ministra (da Agricultura), Guedes e o relator do orçamento (no Congresso, deputado Hugo Leal do PSD-RJ) para ver de onde vamos ter o restante, enquanto o governo garimpa para ver de onde tirar”, relatou Heinze.


O senador garantiu que a partir deste encontro haverá uma solução. Quem também acredita que este é o caminho é o deputado Alceu Moreira (MDB), que já presidiu a Frente Parlamentar da Agropecuária e ainda faz parte da FPA.


“É muito mais método do que qualquer coisa. Precisa juntar, na mesma reunião, quem tem muito conhecimento do tema e quem tem poder de decisão. O problema é transversal, e quem tem que responder é a Casa Civil, reunindo Economia, Agricultura, Cidadania, Desenvolvimento Regional, Orçamento (Congresso). Essa negociação tem que ser feita com todos juntos na sala”, afirmou o também pré-candidato ao Piratini.


Segundo ele, por maior que seja o valor necessário para cobrir os prejuízos causados pela falta de chuvas neste verão de La Niña, há solução: “Nem precisa fazer muita conta. É só pegar a parte dos R$ 16 bilhões do orçamento que seria destinada aos três estados do Sul. É perfeitamente possível. Tenho a impressão que não é por inteligência, é por exclusão. É isso ou não tem solução. Precisamos perceber que não é um problema normal, é a emergência das emergências”, concluiu o deputado.


Para ele, reuniões como estas são mais importantes e efetivas do que, por exemplo, a pressão das autoridades gaúchas na Capital Federal. Já a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) entende que a estiagem do Rio Grande do Sul passou a ser percebida na Esplanada dos Ministérios. Outro candidato ao governo do Estado, o deputado estadual Edegar Pretto (PT) defende a criação de um comitê conjunto de acompanhamento entre as bancadas gaúcha de Câmara dos Deputados e Senado Federal com a Assembleia Legislativa para acompanhar os impactos causados pela estiagem no Estado.

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