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Governo quer exportar gasolina, mas não sabe quando

Por Portal Be News

18 de março de 2025 às 9:33

Yousefe Sipp


Durante o evento, foram apresentados os resultados dos testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram a viabilidade técnica da nova gasolina. Foto: Ricardo Botelho/MME
Durante o evento, foram apresentados os resultados dos testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram a viabilidade técnica da nova gasolina. Foto: Ricardo Botelho/MME

Governo projeta que o Brasil se torne autossuficiente e, no futuro, até exportador de gasolina, a partir da adoção do E30


O governo federal projeta que o Brasil se torne autossuficiente e, no futuro, até exportador de gasolina, a partir da adoção do E30, uma nova mistura que incorpora 30% de etanol anidro ao combustível. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na segunda-feira (17), em Brasília (DF).

Durante o evento, foram apresentados os resultados dos testes conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram a viabilidade técnica da nova gasolina, viabilizada pela Lei do Combustível do Futuro, que foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no final de 2024.

Segundo Silveira, o novo padrão também proporcionará uma redução média no preço da bomba de até R$ 0,13 por litro de gasolina, devido à maior demanda de etanol para a produção do biocombustível.

“Quando você produz o suficiente para suprir o país, não tem por que você ter um atrelamento internacional, porque não está importando nada. Se nós vamos deixar de necessitar de importar 160 milhões de litros de gasolina, vamos ter condições de exportar, pois com 1,5 bilhão de litros de etanol produzido, vamos ter gasolina sobrando. Também vamos poder reduzir o preço na bomba do combustível”, afirmou.

Para que a nova medida da mistura passe a valer, o ministro deverá levar a proposta ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Contudo, ainda não há previsão exata de quando a pasta pretende oficializar o envio, devido à instabilidade nos preços dos alimentos.

“Por um excesso de zelo, considerando que nós temos uma prioridade que é o preço dos alimentos, eu digo que vamos levar (a proposta) ao conselho de Política Nacional de Transição Energética este ano, mas pode acontecer a qualquer momento”, contou.

Silveira detalhou que o governo está monitorando a curva de declínio da inflação dos alimentos, para que produtos derivados dos insumos do etanol anidro (milho e cana-de-açúcar) não sofram impactos.

“Com a segurança que nós teremos a estabilidade no preço do açúcar, DDG, no farelo de milho, dos alimentos (…), por isso estamos colocando essa prudência de prazo. Se não fosse isso, colocaríamos na primeira reunião do CNPE”.


Detalhes 


O Instituto Mauá atestou a viabilidade da mistura protocolada e aprovada no final do ano passado pelos especialistas do órgão responsável pela energia. A legislação nacional permite elevar a proporção de etanol na gasolina para até 35%, desde que seja comprovada a sua eficácia técnica.

Por se tratarem de testes em veículos, as análises foram acompanhadas por entidades do setor automotivo, como Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas).

A técnica do IMT, Luana Camargo, divulgou que foram avaliados fatores como dirigibilidade, desempenho e emissões, com ensaios em 16 veículos e 13 motocicletas.

De acordo com Camargo, a partir do levantamento, foram observadas algumas variações nos resultados, relacionadas à tecnologia dos modelos automotivos e às condições de uso, mas, ainda assim, o resultado foi positivo.

“Entende-se que as diferenças encontradas nos testes realizados não são obstáculos para a adoção do E30”, destacou.

Também participaram do evento a deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO); o deputado federal Zé Vitor (PL – MG); André Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF); Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA); Everton Ribeiro Lopes, vice-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA); e Igor Calvet, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

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