Por FENATAC Comunicação
05/08/2021
A partir deste mês de agosto, o teor compulsório de biodiesel adicionado ao diesel comercializado no Brasil passa de 7% para 12%. Mas o que aumenta também é nossa preocupação com os riscos que esta nova mistura pode trazer para nossos caminhões.
Sem dúvida, apoiamos o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel, entretanto, é preciso que nossa frota esteja preparada para receber um combustível com um percentual tão alto de biodiesel.
Nossos caminhões não foram feitos para receber essa mistura e são reais as possibilidades de enfrentarmos uma série de problemas nos motores, na injeção. Já há relatos de caminhões e tratores que, depois de parados por uma semana ou mais, não conseguem ser ligados novamente, pois uma borra de sedimentos do biodiesel se forma, entupindo e danificando peças, causando prejuízos e dores de cabeça para quem trabalha transportando cargas, comprometendo o já sacrificado negócio do TRC.
Mesmo que as montadoras modificassem ou adaptassem os motores de seus caminhões para que esse combustível não se torne um problema, temos de pensar nos milhares de caminhões que nesse momento estão rodando por nossas rodovias.
É preciso mais estudos, é preciso reavaliar esse aumento do teor de biodiesel no diesel e, sobretudo, ouvir quem sofre na pele, ou melhor, no motor, as consequências perigosas do uso dessa mistura.
A FENATAC tem trabalhado para levar essa questão às autoridades, sempre buscando esclarecer e apresentar argumentos fortes para reverter essa decisão.
Vamos aguardar. Tenho certeza de que, com diálogo e boa vontade, podemos mudar essa situação e evoluir na composição do nosso combustível e veículos. Tecnologia para tanto, o Brasil tem!
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