Fonte: Diário do Comércio
02/06/2022
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini
A safra de soja do Brasil em 2021/2022 foi estimada em 124,4 milhões de toneladas, alta de cerca de 1 milhão de toneladas ante a previsão do mês passado, informou ontem a consultoria StoneX, que ajustou as previsões para o Rio Grande do Sul e Bahia.
Ainda assim, a produção terá queda expressiva na comparação com o recorde da temporada passada (135,84 milhões de toneladas), devido ao impacto da seca no Sul do Brasil.
“No Rio Grande do Sul, onde as perdas de safra superaram 50%… as lavouras mais tardias surpreenderam positivamente na reta final da colheita, melhorando a média de produtividade do estado”, disse a StoneX em relatório.
Outro ajuste no lado positivo mencionado pela consultoria foi para os números da Bahia, com pequenos aumentos na área e na produtividade.
“Com a entrada no período de entressafra, não devem ocorrer maiores revisões nos números do ciclo 2021/22, com o foco passando para o planejamento da safra nova”, disse a especialista de Inteligência de Mercado Ana Luiza Lodi em comunicado.
Em relação ao balanço de oferta e demanda, a StoneX não realizou ajustes pelo lado do consumo, tanto doméstico quanto para exportações, com a produção maior se refletindo em um aumento dos estoques finais estimados.
Em relação ao milho, a StoneX afirmou que a safra 2021/22 “caminha para consolidar uma robusta produção”.
O volume total deve atingir 116,8 milhões de toneladas, aumento de 0,3% na comparação da estimativa mensal – dos quais 26,4 milhões de toneladas representam a primeira safra (aumento de 0,5% no comparativo com o relatório de maio).
Em relação a segunda safra brasileira de milho, foi realizado um leve aumento na produção estimada, de 0,2% em comparação com o número trazido no início de maio, passando de 88,1 para 88,3 milhões de toneladas.
“Mesmo com as reduções na produtividade esperada em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, que apresentaram alguns problemas com seca nos últimos meses, as perspectivas mais positivas para o tamanho da área plantada no Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná mais que compensaram as recentes perdas de produtividade”, disse o analista de Inteligência de Mercado da StoneX João Pedro Lopes em nota.
A StoneX também não mexeu em números do balanço de oferta e demanda do cereal. Portanto, as exportações e o consumo doméstico seguem estimados em, respectivamente, 40 milhões e 75,5 milhões de toneladas.
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