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Mudanças climáticas podem afetar o agronegócio do Centro-Oeste

Região corresponde a 50% da produção agrícola do país, razão pela qual planejamento e preparo são fundamentais


Fonte: Assessoria de Imprensa

27/05/2022



Foto: Divulgação


O agronegócio depende dos fatores climáticos para o manejo da agricultura, principalmente das chuvas. Todavia, as mudanças climáticas podem dificultar a produção agrícola, causando alterações na gravidade dos eventos extremos, no sistema de chuvas, nas modificações na temperatura do ar e problemas ocasionados por doenças e pragas.


Uma das regiões responsáveis por metade da produção agrícola do país, o Centro-Oeste vem sentindo os efeitos das mudanças climáticas. Cerca de 28% das áreas cultivas estão distantes do padrão climático ideal para o plantio de soja e milho segundo pesquisa “O Limite Climático para a Agricultura no Brasil” publicada na revista Nature Climate Change.


A elevação da temperatura nas últimas décadas e as mudanças no sistema de chuvas prejudicam cada vez mais a produção de grãos em estados do Centro-Oeste e do Nordeste, como Maranhão, Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia. O estudo destaca que, se nada for repensado, essas áreas cultivadas fora do padrão de clima ideal devem crescer até 2030, atingindo 51% e podendo alcançar 74% das áreas em 2060.


De acordo com Paulo Afonso Lustosa, presidente da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (FENATAC), os impactos climáticos podem provocar perdas consideráveis no agronegócio. “As maiores consequências das mudanças climáticas na região Centro-Oeste interferem nas alterações do cenário de doenças e no seu manuseio, o que provavelmente causará impactos na produtividade agrícola. Além disso, as alterações climáticas podem ter efeitos diretos e indiretos: os impactos diretos atingem a mudança na distribuição geográfica das plantas; os indiretos, o aumento da temperatura e das secas”.


Esses impactos climáticos colocam em xeque a sustentabilidade econômica do agronegócio, uma vez que a região responde ao mercado nacional e internacional. Diante disso, é fundamental que haja planejamento para evitar que essa estimativa se concretize no agronegócio, o que inclui investimento em recuperação do meio ambiente, monitoramento das plantações e processos de produção.


“A região Centro-Oeste é extremamente relevante para as demais regiões brasileiras porque gera mais da metade da produção agrícola nacional. Dessa forma, as consequências afetam tanto os agricultores quanto os revendedores, que dependem da irrigação sustentável para garantir a demanda do agronegócio. Por esse motivo, é necessário otimizar o uso consciente da água para garantir a produtividade”, ressalta Lustosa.

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