
Colisões frontais entre caminhões e automóveis são, em muitos casos, bastante sérias para os usuários dos automóveis, pela quantidade de energia envolvida. Por isso, toda solução que minimize os danos aos veículos e possíveis ferimentos às pessoas é bem-vinda.
Recentemente, pesquisadores da Chalmers University of Technology, na Suécia, desenvolveram um novo conceito de frente para caminhões, que pode reduzir significativamente acidentes fatais em colisões entre carros e caminhões. O novo conceito é baseado nos novos regulamentos de cabine para caminhões da União Europeia, que permite o uso de caminhões mais longos, e poderia ficar oculto sob um para-choque plástico.
Testes de colisão na frente do novo caminhão foram realizados pela Administração Sueca de Transportes, a Trafikverket, e mostram que melhores designs na dianteira de caminhões podem reduzir as deformações do interior dos automóveis de passageiros entre 30% e 60%. Isto reduz o risco de ferimentos e possível morte dos ocupantes do automóvel.
A nova frente, baseada em uma estrutura de alumínio alveolado, que são tubos hexagonais, é mais leves e garante uma melhor absorção da energia da colisão, já que cerca de 97% do seu volume é de ar.
Durante os testes, a nova frente provou fazer grande diferença em colisões frontais, reduzindo a deformação da carroceria do automóvel e de elementos do caminhão, que poderiam causar mais riscos aos ocupantes do automóvel e ao próprio caminhoneiro.
Os componentes da direção, dos freios e da suspensão do caminhão correm o risco de serem danificados se não forem protegidos. A proteção desses componentes reduz o risco de acidentes que possam ocorrer depois da primeira colisão ou mesmo o capotamento do caminhão.
A 50 km/h, o teste simulou tipo de impacto mais frontal entre um caminhão e um carro. Geralmente, mesmo que viajando em velocidades mais elevadas, os veículos desaceleram momentos antes da colisão, com impactos registrados, quase sempre, na casa dos 50 km/h.
O primeiro teste de colisão entre caminhão e carro demonstrou como a carga entre os dois veículos se concentrava em algumas estruturas que estavam sobrecarregadas e criavam deformações indesejadas nas estruturas circundantes.
Para o carro era a roda dianteira esquerda e a área da porta do motorista e para o caminhão era a suspensão e o sistema de direção. O novo design frontal do caminhão melhorou a distribuição de força e reduziu a deformação nessas áreas.
Apesar de promissor, o estudo ainda está na fase de desenvolvimento, e não tem previsão de chegar ao mercado.
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