A maioria dos líderes de empresas de diferentes setores tem interesse em comprar vacinas para imunizar colaboradores, se fosse possível
Por OlharDigital
08/04/2021
Para 68% dos líderes brasileiros de empresas de diversos segmentos do mercado, a aplicação em massa da vacina contra a Covid-19 é a chave para possibilitar a retomada da economia, segundo dados de pesquisa realizada pela BR Angels.
Além disso, 78,5% do empresariado compraria a vacina em prol da imunização de seus funcionários, se fosse autorizada a aquisição com essa finalidade.
Para a grande maioria (76,9%) dos respondentes, os negócios devem reaquecer no caso de uma imunização coletiva, enquanto que 17,6% consideram que o mercado deve estabilizar e outros 5,5% estão pessimistas quanto a qualquer retorno.
“Os empresários estão otimistas com o cenário pós-vacina”, comenta Reynaldo Gama, CEO da HSM e copresidente da SingularityU Brazil, iniciativa de responsabilidade da HSM Educação Corporativa e da Singularity University do Vale do Silício.
Para ele, a vacinação é vista como essencial “para que o funcionamento pleno das companhias e a volta de investimentos se torne uma realidade o mais rápido possível”.
Vale citar também que um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) corrobora com essa visão dos líderes brasileiros. Em análise feita em janeiro deste ano, a organização aponta que uma campanha de vacinação em escala global contra a covid-19 poderia evitar perdas de trilhões de dólares para a economia global.
Para o Brasil, as perdas poderiam ser reduzidas para R$ 33 bilhões, ante os R$ 489 bilhões calculados para um cenário global sem o imunizante.
Além da vacina, outros pontos críticos também fizeram parte das respostas de líderes. Para 17,2% a reforma tributária também é uma medida de importante implementação, bem como a reforma administrativa (6,4%).
A pesquisa “Cenário pós-vacina: o que podemos esperar dos negócios?” foi realizada com 320 líderes de empresas de diferentes setores como varejo, serviços, indústria, startups, entre outros.
Encabeçada pela BR Angels Smart Network, a análise também contou coma parceria da HSM e da SingularityU Brazil, bem como do Learning Village, hub de inovação e educação da HSM e da SingularityU Brazil; e com a agência de relações públicas FirstCom Comunicação. Os dados foram coletados em março de 2021.
Investimentos pós-pandemia
Quando questionados sobre os principais investimentos que estariam em voga com a retomada da economia, os respondentes apontaram a Bolsa de Valores (55,29%) como principal meio, seguido por investimento-anjo (47,12%), fundos de venture capital (37,5%) e fundos imobiliários (35,1%).
Orlando Cintra, CEO do BR Angels, afirma que o grande interesse por investimento-anjo e fundos de venture capital é uma surpresa e também “uma clara demonstração de que os executivos do alto escalão estão cada vez mais preocupados com o desafio de se conectar com a inovação”, observa.
O executivo acredita que a tendência é vermos cada vez mais investimentos com foco em startups e negócios disruptivos, especialmente porque é uma forma de inovar. “Já não cabe atuar com velhos modelos que se tornaram totalmente obsoletos, especialmente depois da pandemia”, completa.
Futuro do trabalho
O futuro do trabalho é um tema que há algum tempo vem sendo discutido. As chamadas soft skills e outras habilidades fora do eixo técnico devem ser cada vez mais demandadas.
Já para as áreas com maior possibilidade de contratação no pós-pandemia, a tecnologia ganha destaque – que, desde então, já está entre as que permanece contratando.
Vendas, comunicação e marketing, além de inovação também devem ser setores com oportunidades, acreditam 53,3% dos respondentes.
Com relação ao modelo de trabalho, um misto entre home office e trabalho presencial deve ser a principal escolha no futuro, segundo 78,8% dos entrevistados. Cerca de 14% considera o trabalho nos moldes antigos, 100% presencial.
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