Por BE NEWS
Atualizado em: 15 de julho de 2024 às 4:01
DA REDAÇÃO
Outros voos simulados serão realizados no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, a tecnologia poderá ser implantada de forma regular pela Petrobras (Foto: Divulgação/Petrobras)
Foi percorrida uma distância de 180 quilômetros, entre a base da Petrobras em Macaé e uma plataforma na Bacia de Campos
A Petrobras marcou um novo capítulo na aviação civil brasileira com a realização do primeiro voo de longo alcance utilizando uma aeronave civil remotamente pilotada (RPA). O voo, que ocorreu em julho, percorreu cerca de 180 quilômetros, ligando a base da Petrobras em Imbetiba, Macaé (RJ), à plataforma P-51, na Bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro. O feito foi comemorado em uma reunião solene na sede da Petrobras no Rio de Janeiro, no dia 3 de julho, com a presença de autoridades da Força Aérea Brasileira (FAB), NAV Brasil, Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Omni Táxi Aéreo.
Essa operação, ainda em fase de testes, foi fruto de uma colaboração entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), ANAC, NAV Brasil e a Omni Táxi Aéreo, contratada pela Petrobras para operar veículos aéreos não tripulados em missões offshore. A expectativa é que esses testes possibilitem voos de longo alcance entre o continente e as plataformas, abrindo novas possibilidades de aplicação para essa tecnologia.
O voo, classificado como BVLOS (Beyond Visual Line of Sight) ou além do alcance visual, teve como objetivos testar o transporte de cargas de até 50 kg, aprimorar a logística do transporte aéreo offshore, reduzir custos e coletar dados para o compartilhamento do espaço aéreo com outras aeronaves. A tecnologia também promete reduzir emissões de gases de efeito estufa no transporte de cargas leves.
Desde 2018, a Petrobras tem investido na tecnologia de drones, já utilizando esses equipamentos para inspeção de flares, pintura de plataformas e embarcações, além de outros trabalhos em altura, reduzindo a exposição dos trabalhadores a riscos. O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, ressaltou os benefícios da operação: “Foi um resultado de trabalho em equipe que uniu Petrobras, iniciativa privada e autoridades governamentais para superar os desafios de aumentar a segurança das pessoas, reduzindo a exposição ao risco, já que as aeronaves são remotamente pilotadas. Além disso, a iniciativa avança na descarbonização, pois as RPAs geram menos emissões que os helicópteros, agilizando operações e ampliando o período de atendimento logístico das demandas, já que as missões poderão ser realizadas no período noturno”.
Após os testes iniciais com a tecnologia RPA, a análise dos dados gerados está prevista para ser concluída no segundo semestre deste ano. Outros voos simulados serão realizados no mesmo espaço aéreo e, dependendo dos resultados, a tecnologia poderá ser implantada de forma regular pela Petrobras.
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