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Postos da PRE do Paraná são alvo de operação por facilitar contrabando de cigarros

Segundo polícia, suspeitos permitiam passagem de carga contrabandeada do Paraguai mediante propina. Operação da PF cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão.

Por Thaís Ludescher e Eduardo Alves, g1 PR e RPC Noroeste

20/07/2023 11h32 Atualizado há 3 horas

Postos da Polícia Rodoviária Estadual do PR são alvos de operação por facilitar contrabando de cigarros — Foto: Polícia Federal


Três postos da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) foram alvos de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (20) suspeitos de facilitar a passagens de cargas de cigarros contrabandeados que entravam no país pelo Paraguai.

As unidades ficam em Tamboara, Cruzeiro do Oeste e Diamante do Norte. Dois militares, suspeitos de receber propina para liberar a passagem das cargas, foram afastados das funções públicas.

A Operação Effusus também teve como alvos os membros de uma organização criminosa que atuava na importação, transporte, depósito e comercialização de cigarros contrabandeados. Umuarama, Paranavaí e Cruzeiro do Oeste também estão entre as cidades que tiveram cumprimentos de mandados.

Cerca de 100 policiais militares e federais participaram da ação.

Em nota, a polícia confirmou que dois policiais foram afastados e disse, ainda, que a corporação não compactua com desvio de conduta e que colabora para as investigações.

Ao todo, sete ordens de prisão preventiva foram expedidas para operação, além de 20 mandados de busca e apreensão.

Até o momento, seis pessoas foram presas.


Investigação

Segundo a polícia, as investigações iniciaram há sete meses. Os agentes conseguiram identificar que empresas de fachada eram utilizadas para lavagem de dinheiro e o registro e transferência de veículos utilizados para o transporte dos cigarros.

O núcleo do contrabando, segundo a PF, era concentrado em Umuarama, com galpões que armazenavam as drogas. De lá também era feita a distribuição das mercadorias para diversos destinos do país.

Na operação da PF, bens e imóveis foram sequestrados de 10 suspeitos ligados ao esquema. Também foi determinado o bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas.

Os materiais apreendidos vão passar pela análise da Polícia Federal e os envolvidos vão responder pelos crimes de contrabando, comércio, depósito e transporte de cigarros contrabandeados, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Somadas, as penas podem passar dos 23 anos de prisão.

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