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Produção de caminhões cresce 29,3% em fevereiro de 2021 no Brasil

Apesar do bom desempenho na produção de caminhões, falta de materiais e pressão sobre preços ainda trazem insegurança com relação ao futuro


08/03/2021

A produção de caminhões no Brasil em fevereiro de 2021 foi de 11.805 unidades. O número representa alta de 29,3% ante os resultados do mesmo mês de 2020. Ou seja, em fevereiro do ano passado, as empresas fabricaram 9,1 mil unidades.


Produção de caminhões pesados cresceu quase 20%


Da mesma forma, o resultado foi positivo no bimestre. No acumulado de janeiro e fevereiro, a indústria produziu 20.395 unidades. Esse número é 24,9% maior que os 16.300 caminhões feitos em igual período de 2020.


Assim como já era esperado, as encomendas vieram principalmente do agronegócio. Segundo o vice-presidente da Anfavea, Marcos Saltini, essa tendência deve continuar ao longo do ano.


Inclusive, por isso a maior produção é de caminhões pesados. De acordo com a Anfavea, em fevereiro foram feitos 5.980 caminhões deste segmento. Portanto, houve alta de 19,6% ante as 4.999 unidades produzidas em fevereiro de 2020.


Produção de caminhões pesados cresce quase 20%


Na comparação com janeiro (3.749) o avanço dos pesados foi de 59,5%. O desempenho bimestral também foi positivo para a produção de caminhões, com 9.729 unidades, alta de 14,3% sobre as 8.512 registradas no primeiro bimestre de 2020.


Assim também, os semipesados respondem por boa parte da produção total. Segundo a Anfavea, em fevereiro de 2021 foram feitos 3.238 caminhões do segmento. Ou seja, houve alta de 39,3% ante o mesmo mês do ano passado.


Em outras palavras, em fevereiro de 2020 foram produzidas 2.325 unidades. Já na comparação entre fevereiro e janeiro de 2021, a alta foi de 10,7%. Ou seja, no primeiro mês deste ano a indústria produziu 2.926 caminhões semipesados no País.


Pressão de custos e falta de materiais continuam


Apesar do bom desempenho, a Anfavea ainda enxerga neblina para 2021. Segundo a associação, a pressão dos custos de produção, bem coma a falta de materiais, continuam acontecendo. Sobretudo os semicondutores estão em falta.


Do mesmo modo, a inflação do setor preocupa. Segundo a Anfavea, o preço do aço subiu 61% e o das resinas, 68%. Assim também os pneus ficaram 16% mais caros e o alumínio, 13%.


Além disso, o custo do frete marítimo disparou. De acordo com a Anfavea, a alta média foi de 339%. Segundo o CEO da filial brasileira da Foton, Márcio Vita, a alta pode ser ainda maior.


Preço do frete marítimo disparou


De acordo com ele, em entrevista ao Estradão, enviar um container de 40 pés da China ao Brasil custava entre US1 mil e US$ 1,5 mil. Agora, há companhias marítimas cobrando até US$ 10 mil.


Logo, as montadoras vêm buscando alternativas para recuperar as perdas. “Há uma tentativa para recuperar estoques e algumas empresas trabalharam até no carnaval para se organizarem melhor”, diz Saltini.


Segundo o executivo, vai levar bastante tempo para a indústria voltar à normalidade. “O que posso dizer, por enquanto, é que a expectativa é de bons volumes, porém com muitos desafios”.


Produção de ônibus continua em queda


Na contramão do setor de caminhões, as fabricantes de chassis de ônibus continuam registrando resultados negativos. Em fevereiro de 2021, foram produzidas apenas 1.589 unidades.


Portanto, houve retração de 37,8% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em fevereiro do ano passado, a indústria produziu 2.556 unidades.


Contudo, houve recuperação na comparação com janeiro de 2021. Como no mês passado foram feitas 1.426 unidades, a alta foi de 11,4%.


No acumulado do primeiro bimestre de 2021, a retração foi de 24,3%. No total, 3.015 ônibus saíram das fábricas em janeiro e fevereiro deste ano. Já no mesmo período do ano passado, foram 3.982 unidades.

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