Por Portal Be News
30 de agosto de 2024 às 16:11
Júnior Batista
Para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, a Santos Brasil instituiu um plano de compensação para as empresas que atuam no terminal do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Foto: Divulgação/Santos Brasil
Empresa de logística foca na redução da pegada de carbono de seus clientes com novo programa de compensação de emissões
As emissões de dióxido de carbono são responsáveis por cerca de 60% do aquecimento global. Em 2023, as emissões globais de CO2 chegaram a 40 bilhões de toneladas, por isso, é urgente que as empresas que atuam no setor logístico tomem ações que possam contribuir para a reduzir os danos que emitir poluentes pode causar ao meio ambiente.
No setor de infraestrutura e logística, o gás carbônico é proveniente principalmente do setor de transportes. Carros e caminhões, navios, aviões, tudo polui, emitindo o gás tóxico que queima dos combustíveis.
Para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, a Santos Brasil instituiu um plano de compensação para as empresas que atuam no terminal do Porto de Santos, no litoral de São Paulo.
“A gente desenhou esse novo programa, que é o LCL Carbon Neutral, que atesta que os serviços prestados para as cargas LCL (Less than Container Load), do transporte rodoviário à movimentação e armazenagem das cargas, são compensados. Assim que ele optar por participar do programa, a Santos Brasil faz o investimento em projetos que façam a compensação de carbono”, explica a coordenadora de sustentabilidade ambiental, Sônia Hermsdorff.
De acordo com a especialista, quem atua no terminal vai saber quanto está emitindo e o quanto a Santos Brasil está compensando. “A gente vai calcular toda a movimentação feita por esse serviço desse cliente aqui. Na nossa logística, a gente faz uma conta das emissões geradas a partir dessas movimentações e a gente faz a compensação dessas emissões”, diz.
O setor marítimo é o que mais polui no mundo. Diante da emergência climática, a empresa tem um plano de reduzir e neutralizar as emissões de carbono até 2040. As medidas fazem parte de uma série de ações que já foram adiantadas desde o ano passado, como redução da geração de resíduos (-50%) e no consumo de água (-41%), além das próprias emissões de carbono (-36%).
“A gente já vem fazendo algumas ações na companhia, então a gente adquiriu oito RPG’s elétricos, que são guindastes de pátio. Esses são equipamentos a diesel e a nossa maior missão está relacionada ao consumo do diesel e a gente está substituindo gradativamente esses equipamentos por equipamentos elétricos”, explica.
Para Sônia, a importância de reduzir emissões é um desafio global que envolve toda a cadeia logística portuária. “A gente aqui está no porto e na logística. Faz parte da cadeia e a gente tem que trabalhar em conjunto. Tanto armadores, no setor marítimo, quanto nós no porto, na logística, trabalhando em conjunto para que cada um faça um pouco e contribua um pouquinho para descarbonizar e diminuir as emissões de todos os serviços que a gente realiza”, conclui.
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