Setor de logística cresce e abre oportunidades de negócios em todo o Brasil
- Fenatac Comunicação
- 6 de jun.
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Por Portal Be News
Atualizado em: 6 de junho de 2025 às 3:57
Da Redação

Neste 6 de junho, data que celebra a atividade e seus profissionais, empresas destacam avanços, desafios e metas para os próximos anos
Nos últimos anos, o setor logístico representou cerca de 13% do PIB brasileiro. Com mais de 2,3 milhões de empregos diretos e indiretos criados em 2024, a atividade é considerada estratégica para o crescimento do país. A capacidade de movimentar insumos e produtos de forma ágil e com custo otimizado é um diferencial determinante para garantir a competitividade dos produtos brasileiros.
Neste dia 6 de junho, Dia Internacional da Logística e Dia Nacional do Profissional de Logística, o BE News conversou com empresários do setor para entender os desafios e as tendências que devem marcar a atividade nos próximos anos. De Norte a Sul do país, a preocupação com infraestrutura, mão de obra qualificada, sustentabilidade e segurança são indicativos da busca constante por processos logísticos mais eficientes.
Na Região Norte, a Super Terminais enfrenta desafios específicos, principalmente relacionados à sazonalidade dos rios. “Os períodos de cheia e seca impactam diretamente a operação, exigindo ajustes constantes nos processos. A infraestrutura logística regional também representa um desafio, com forte dependência da navegação fluvial e limitações nas conexões rodoviárias, o que afeta a previsibilidade das operações e eleva os custos logísticos. Temos superado essas barreiras por meio de investimentos em tecnologia, equipamentos, processos e na formação de pessoas”, conta o diretor-geral da empresa, Marcello Di Gregorio.
Para ele, as perspectivas de melhoria na conectividade da Amazônia passam pela integração cada vez maior dos modais, ampliação de investimentos em infraestrutura portuária e fluvial, digitalização de processos e fortalecimento das rotas de cabotagem, além da conexão internacional via transbordo nos portos do Sudeste e Nordeste. “O Super Terminais exerce um papel estratégico no suporte logístico ao Polo Industrial de Manaus (AM), sendo um elo fundamental tanto no escoamento da produção quanto no abastecimento da região”, revela.
No Sudeste, o crescimento do e-commerce e a alta demanda do Porto de Santos (SP) exigem soluções cada vez mais rápidas e eficientes, pressionando por investimentos em infraestrutura de armazenagem, centros de distribuição urbanos e tecnologia. “Na Wilson Sons, por exemplo, temos o Centro Logístico Santo André, a maior área alfandegada do Estado de São Paulo, que investe em soluções tecnológicas para atender o crescimento sustentável no número de clientes”, explica Thais Sangean, gerente-geral do Centro Logístico da Wilson Sons, em Santo André (SP).
A empresa, que também atua com terminais portuários de contêineres, rebocadores, agenciamento marítimo, estaleiros e bases de apoio offshore, tem uma estratégia de longo prazo voltada para aumentar a competitividade do comércio exterior. “Na parte portuária, por exemplo, estamos em um momento inédito, baseado na excelência operacional” , conta ela. “Estamos em uma posição privilegiada para capturar as oportunidades decorrentes da expansão do comércio internacional e da demanda crescente por soluções logísticas integradas e eficientes no Brasil”.
Expansão
Da Região Sul, a catarinense Multilog avançou para atender os mercados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia. Com mais de duas décadas de atuação em serviços logísticos, a empresa hoje atende clientes de diferentes segmentos da cadeia de suprimentos, participando do início ao fim do projeto. De acordo com o presidente da empresa, Djalma Vilela, para atender as necessidades do mercado, a Multilog vai dobrar o tamanho da operação e atingir R$ 3 bilhões em faturamento até o fim de 2028.
“A decisão foi motivada pelo aumento na demanda por movimentações de cargas dos clientes. O plano prevê a aplicação de R$ 900 milhões, destinados à ampliação de instalações, a readequação e o reposicionamento de diversas unidades, alfandegadas ou não”, revela.
O foco será aumentar a capacidade e a infraestrutura para atender clientes das áreas de healthcare, químicos, alimentos e bebidas, industrial e de cargas de projetos — cargas de celulose e papel, peças do setor de energia e veículos do segmento de mobilidade urbana.
Mão de obra
Com os negócios crescendo em todo o Brasil, a procura por profissionais de logística está cada vez maior. “Especialistas nesta área estão sendo muito valorizados nas organizações, seja pelo embarcador ou pelo operador logístico”, conta Vilela. Di Gregorio concorda. “Há uma demanda contínua por mão de obra especializada, o que exige investimentos permanentes em capacitação e desenvolvimento profissional”.
Thais destacou a questão da segurança. “Nos últimos 12 meses, a Wilson Sons teve um índice de acidentes com afastamento de apenas 0,28 por milhão de horas trabalhadas, superando de forma consistente a referência mundial de excelência”.
História
O dia em comemoração da atividade remonta ao período da Segunda Guerra Mundial. Em 6 de junho de 1944 acontecia a Operação Overlord, mais conhecida como o Dia D, quando uma complexa e vasta operação de transporte e fornecimento de recursos foi essencial para o sucesso do desembarque aliado nas praias da Normandia, na França.
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