SP mira julho de 2026 para aprovar projeto da 3ª pista da Imigrantes
- Fenatac Comunicação
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Por Portal Be News
12 de abril de 2025 às 12:37
Cássio Lyra

Governador diz que etapas do empreendimento avançam “rapidamente”; executivo da Ecovias afirma que prazos estão sendo cumpridos
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o projeto da terceira pista da Rodovia dos Imigrantes está avançando “rapidamente” e que a meta do Executivo é concluir até julho de 2026 o projeto executivo e obter a licença ambiental. “Em julho do ano que vem, a gente já quer ter o projeto executivo concluído e a licença ambiental para poder tomar as providências para iniciar o empreendimento”, disse ele em vídeo e texto publicados em suas redes sociais na quinta-feira (10).
O desenvolvimento dos estudos técnicos está sob responsabilidade da concessionária Ecovias Imigrantes, administradora do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI). A autorização para início dos trabalhos foi emitida pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) em janeiro de 2024. Desde então, estão em curso os projetos funcional, básico e executivo, além de levantamentos topográficos, sondagens e investigações geológicas e hidrogeológicas. Também estão sendo elaborados os estudos e o relatório de impacto ambiental, necessários para a obtenção das licenças ambientais.
O diretor-superintendente da Ecovias, Ronald Marangon, confirmou que o cronograma está sendo cumprido conforme o planejamento estabelecido junto à Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo). “Fizemos o protocolo do projeto funcional junto à agência reguladora, uma etapa importante, e estamos na fase de detalhamento dos traçados, posicionamento dos túneis, viadutos, (analisando) como vão funcionar os sistemas de segurança, equipamentos de ventilação. Envolve muitas frentes, muitas pessoas, até pela complexidade do que se trata o projeto. A nossa expectativa é continuar com o trabalho e, em 2026, entregar o projeto executivo, para que o Governo Estadual tenha subsídios para tomar a melhor decisão em relação à construção”.
A terceira pista terá um total de 21,5 quilômetros. Conforme o traçado, divulgado em janeiro, a nova ligação terá início no km 43 da Rodovia dos Imigrantes, permitindo o acesso pelo Rodoanel Mário Covas (SP-021). O trecho fica próximo à pista de interligação da rodovia com a Via Anchieta. Já no trecho do litoral, a conexão será no km 265 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), próximo ao Polo Industrial de Cubatão. A via busca melhorar o acesso às margens direita e esquerda do Porto de Santos, contribuindo tanto para a logística de cargas quanto para a mobilidade urbana da Baixada Santista.
A estimativa de investimento para a obra é superior a R$ 6 bilhões. Embora ainda não haja um prazo fechado para a conclusão das obras, a expectativa é que a nova pista esteja pronta por volta de 2031 — prazo que será detalhado no projeto executivo.

Projeto relevante
A última atualização no sistema rodoviário da capital até a Baixada Santista foi a segunda rodovia dos Imigrantes, inaugurada em 2002. Segundo Marangon, a Ecovias classifica o novo empreendimento como um projeto relevante.
“Para nós é muito bom estar participando do processo, até pela história que a Ecovias tem no Sistema Anchieta-Imigrantes. Fomos os responsáveis pelo projeto e construção da segunda pista e, agora, com toda experiência que adquirimos durante esses mais de 26 anos de operação, poder contribuir com o Governo do Estado para o desenvolvimento do estado com um projeto tão relevante como esse. A terceira pista faz parte da nossa estratégia de poder apoiar os órgãos governamentais no desenvolvimento da região onde temos nossos contratos de concessão. Participar, desde o início, e ser o protagonista deste desenvolvimento do projeto ajuda muito no momento de uma possível efetivação dessa construção na serra”, analisou.
Conforme divulgou o Governo Estadual, a capacidade do SAI será ampliada em 145% na descida de veículos pesados para o litoral. Com isso, o projeto vai atender a demanda de tráfego existente, mas também necessidades futuras de aumento de fluxo na rodovia.
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