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ANTT torna obrigatório uso de sistema de projetos integrados em obras de concessões rodoviárias federais

Imagem de ANTT
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Em mais um avanço para modernizar e tornar mais eficiente a infraestrutura rodoviária do Brasil, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou, nesta quarta-feira (9/7), a obrigatoriedade da adoção do Building Information Modeling (BIM) nos projetos, obras e serviços de engenharia das concessões de rodovias federais. A Decisão Surod nº 737, de 8 de julho de 2025, publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (D.O.U), estabelece diretrizes claras para a elaboração e atualização do Plano de Desenvolvimento BIM (PD-BIM), documento fundamental para a correta implantação da metodologia pelas concessionárias.

Na prática, a adoção do BIM coloca as concessões rodoviárias brasileiras em sintonia com as melhores práticas internacionais de engenharia. A tecnologia permite o desenvolvimento de projetos integrados em ambientes virtuais, garantindo maior precisão no planejamento, execução e manutenção das obras. Com isso, o país ganha em transparência, segurança jurídica e qualidade da infraestrutura, beneficiando diretamente quem mais importa: os milhões de usuários das rodovias federais.


Transformação que já começou


A determinação atende ao previsto na Resolução ANTT nº 6.000/2022 e integra o processo de modernização contínua da regulação do setor. A partir de agora, todas as concessionárias com previsão contratual para utilização do BIM devem elaborar e enviar à Agência, em até 90 dias, seus Planos de Desenvolvimento BIM, seguindo as orientações técnicas e prazos estabelecidos pela Superintendência de Infraestrutura Rodoviária (SUROD). Concessionárias que desejarem adotar o BIM como boa prática, mesmo sem obrigação contratual, também poderão fazê-lo voluntariamente.

O BIM traz ganhos concretos ao setor rodoviário: ele permite a identificação de eventuais falhas ainda na fase de projeto, otimiza custos, reduz o prazo de execução das obras e melhora o acompanhamento da manutenção ao longo da concessão. Além disso, as concessionárias passam a ter que atualizar anualmente seus PD-BIM, permitindo que a ANTT acompanhe de perto a evolução do uso da tecnologia em cada contrato.


Etapas e compromissos definidos


A decisão da ANTT detalha um cronograma dividido em etapas para garantir a implementação gradual e efetiva do BIM. Entre os principais compromissos estão:

  • Desenvolvimento do Plano de Execução BIM (BEP) em até 6 meses;

  • Definição de requisitos técnicos conforme padrões internacionais (ISO 19650) em até 12 meses;

  • Criação de um Ambiente Comum de Dados (CDE) para gerenciamento das informações em até 18 meses;

  • Utilização do BIM nas fases de projeto, execução e operação das rodovias em prazos que variam de 18 a 72 meses, dependendo da complexidade da etapa.

Além disso, a ANTT mantém em andamento o projeto “Estruturação da Implantação da Metodologia BIM na ANTT”, que vai aprimorar os requisitos e diretrizes para o setor. A previsão é que, até 2026, novas padronizações estejam prontas, tornando o processo ainda mais robusto e adaptado às necessidades da regulação.


Mais eficiência, segurança e transparência


O uso do BIM representa uma mudança de cultura na engenharia de transportes no Brasil. Com ele, a ANTT reforça seu papel como agente indutor da inovação e da eficiência nas concessões rodoviárias. O acompanhamento técnico será mais qualificado e transparente, reduzindo riscos jurídicos e garantindo à sociedade uma infraestrutura mais segura e moderna.

“Além de permitir projetos mais assertivos, o BIM amplia a transparência no uso dos recursos públicos e privados aplicados nas concessões. Todo o ciclo de vida da rodovia – do projeto inicial à manutenção preventiva – passa a ser planejado e acompanhado de forma integrada e rastreável, beneficiando usuários, investidores e o próprio Estado”, explicou o Superintendente de Infraestrutura Rodoviária – SUROD/ANTT, Fernando Bezerra.

A decisão se soma a outros avanços da ANTT no fortalecimento da segurança jurídica e na busca por eficiência regulatória, assegurando que as rodovias federais sigam evoluindo em qualidade e sustentabilidade.

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