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China anuncia tarifa de 125% a produtos dos Estados Unidos

Por Portal Be News

12 de abril de 2025 às 10:29

Da Redação


No encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, Xi Jinping fez sua primeira manifestação pública sobre as tarifas: “Não há vencedores em uma guerra comercial”. Foto: Reprodução/Governo da China
No encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, Xi Jinping fez sua primeira manifestação pública sobre as tarifas: “Não há vencedores em uma guerra comercial”. Foto: Reprodução/Governo da China

Medida de Pequim em resposta às sanções de Trump amplia tensão no comércio internacional e provoca queda nos mercados globais


A China elevou na sexta-feira (11) as tarifas sobre importações dos Estados Unidos para 125%. A medida vem em resposta à decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de aumentar para 145% os impostos sobre produtos chineses, intensificando a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo e colocando em risco cadeias globais de suprimentos.

O aumento tarifário ocorre após a Casa Branca manter a pressão sobre Pequim, mesmo depois de suspender a maioria das tarifas recíprocas aplicadas a dezenas de outros países. Em contrapartida, a China respondeu com nova rodada de sanções comerciais, alimentando a escalada de tensões no cenário internacional.

Na sexta-feira, os mercados globais registraram queda, refletindo a instabilidade provocada pela política comercial de Trump. A trégua momentânea, após a suspensão das tarifas para outros países por 90 dias, rapidamente deu lugar à preocupação com a intensificação do confronto entre EUA e China. Investidores temem que a disputa leve à recessão global.

As bolsas internacionais recuaram, o dólar enfraqueceu e a venda de títulos do Tesouro dos EUA ganhou força, reacendendo receios sobre a solidez do maior mercado de renda fixa do planeta. Ao mesmo tempo, o ouro — tradicional refúgio em momentos de incerteza — atingiu patamares recordes.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, tentou conter o pessimismo ao afirmar, em reunião de gabinete na quinta-feira (11), que mais de 75 países demonstraram interesse em iniciar negociações comerciais. O próprio Trump também sinalizou a possibilidade de um entendimento com a China.

Também na sexta-feira, a Casa Branca anunciou que EUA e Vietnã concordaram em iniciar negociações comerciais formais. O país asiático, um dos principais polos industriais da região, sinalizou disposição para coibir o uso de seu território por empresas chinesas que tentam driblar as tarifas impostas por Washington, segundo a agência Reuters.

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, informou ter criado uma força-tarefa com o objetivo de visitar Washington na próxima semana e discutir os efeitos da nova onda tarifária.

Trump decidiu suspender as tarifas recíprocas aplicadas a outros países horas após sua entrada em vigor nesta semana, mas reforçou as sanções contra a China como retaliação à resposta de Pequim. Desde o início do mandato, Trump já elevou as tarifas sobre produtos chineses para 145%.

Apesar das críticas, Trump indicou estar disposto a negociar. Na quinta-feira, afirmou a repórteres na Casa Branca que mantém respeito pelo presidente chinês, Xi Jinping. “Em um sentido verdadeiro, ele tem sido meu amigo por um longo período de tempo, e acho que acabaremos trabalhando em algo que seja muito bom para ambos os países”, disse.

Durante encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, em Pequim, o líder chinês fez sua primeira manifestação pública sobre as tarifas de Trump.

“Não há vencedores em uma guerra comercial”, afirmou o líder chinês ao seu convidado, acrescentando que, agindo em conjunto, a segunda maior economia do mundo e o bloco comercial europeu de 27 países podem ajudar a manter “a ordem global baseada em regras”.

Autoridades da União Europeia estimam que os impactos das tarifas norte-americanas podem reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) da região entre 0,5% e 1%. Como o crescimento projetado para 2025 é de 0,9%, segundo o Banco Central Europeu, o bloco corre risco de entrar em recessão.

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