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Com chegada do 5G, antenas parabólicas passam a receber interferência no sinal em Brasília

Fonte: G1

06/07/2022



Foto: Divulgação/Mundo Educação Uol


Quinta geração de internet móvel começa a ser operada na capital nesta quarta-feira (6). Prazo para que transmissão da TV aberta pare de funcionar nas parabólicas é de 18 meses.


A ativação da quinta geração de internet móvel — o 5G — em Brasília, nesta quarta-feira (6), vem acompanhada de algumas mudanças tecnológicas na capital. Uma delas diz respeito às antenas parabólicas, que podem começar a sofrer interferência para receber o sinal da TV aberta (veja abaixo o que fazer).


A capital, primeira cidade do país a contar com o 5G, tem atualmente 3.341 antenas parabólicas, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por isso, quem usa esses equipamentos vai ter que trocar o aparelho para não perder o sinal televisivo. O prazo para que transmissão da TV aberta pare de funcionar nas parabólicas é de 18 meses.


Para famílias que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico), a mudança na antena parabólica pode ser feita de maneira gratuita (veja detalhes abaixo).



O professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB Ugo Dias aponta ainda que, se o consumidor possui TV por assinatura, não é preciso fazer nenhuma mudança após a chegada do 5G na capital.


"As redes de celulares 5G não vão influenciar qualquer outro equipamento do nosso dia a dia. Só esse sistema de TV por parabólica vai ser afetado", afirma o docente.


O que muda


Atualmente, as antenas parabólicas operam na banda C, ou seja, em 3,5 GHz, explica o diretor-conselheiro da Anatel Moisés Queiroz Moreira.


O especialista aponta que a frequência é a mesma que será usada pelo 5G. "Quando [o 5G] for ligado, quem tem antena parabólica sofrerá interferência", aponta Moreira.


O prazo para que a transmissão pela antena parabólica pare de funcionar em 18 meses, contando a partir desta quarta-feira, conforme determinação do governo federal. Para evitar prejuízos ao serviço, a TV aberta migrará para a banda Ku, segundo especialistas.

No Brasil, a antena parabólica estava presente em 27% dos lares em 2019, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Equipamentos gratuitos


A Entidade Administradora da Faixa (EAF), da Anatel, tem um programa de distribuição gratuita da nova parabólica digital, conversor e cabos. Para fazer parte, é preciso se encaixar nos seguintes critérios:


Ser inscrito no CadÚnico;


Possuir uma antena parabólica tradicional, devidamente instalada e conectada à TV.

A solicitação do kit e a instalação devem ser agendados por meio do site da EAF. Segundo a entidade, a mudança de equipamento de forma gratuita está disponível apenas nas capitais brasileiras.


Quinta geração


A partir desta quarta, o 5G deve estar disponível em 80% da capital. Até o último fim de semana, cada uma das três operadoras autorizadas a operar na faixa (Claro, Vivo e Tim) instalou 100 estações espalhadas pelo DF, com maior concentração na região do Plano Piloto.


A tecnologia vai funcionar apenas em celulares mais recentes, de empresas como Apple, Samsung, Xiaomi, Motorola, entre outras. Ao todo, 67 celulares que suportam o 5G foram homologados pela agência.


Inicialmente, a expectativa é que o serviço seja garantido nos atuais planos das operadoras, sem cobrança extra. Segundo especialistas, a quinta geração da internet vai aumentar a capacidade de transmissão de dados e diminuir a latência, que é o tempo que a informação leva para sair do computador e chegar no destino.


De acordo com a Anatel, as próximas capitais a receberem o sinal são: São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa. No entanto, ainda não há data definida. Apesar da chegada da nova tecnologia, o 4G não deixa de existir.


Benefícios para o setor de energia


O benefício da chegada do 5G vai além da telecomunicação. Outros setores da economia, como o de energia, também devem colher os frutos da quinta geração de internet móvel.

De acordo com o gerente da CAS Tecnologia, Octavio Brasil, a nova tecnologia é importante para a melhoria no monitoramento do consumo por parte das distribuidoras de eletricidade.


"[Interfere na] qualidade dos serviços, investindo na redução dos períodos de queda no fornecimento. Quando [as quedas] eventualmente acontecem, o reestabelecimento acontece cada vez mais rápido", explica Brasil.


A médio e longo prazo, a expectativa é de que esse melhor monitoramento do consumo traga redução nas perdas das distribuidoras. "Isso acontecendo também gera um menor repasse a cada ano", afirma o especialista.

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