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Como a previsão do tempo para julho pode impactar o agronegócio?

Com a presença do fenômeno La Niña, julho deve ter chuvas abaixo da média em diversas regiões do País e temperaturas relativamente altas


Fonte: Canal Agro

19/07/2022


Foto: iStock


Com a chegada definitiva do inverno, iniciado oficialmente em 21 de junho, muitos produtores rurais se preparam para as consequências do frio: mais chuvas e risco de geadas na Região Sul, além de pouca chuva em outras regiões, mas com dias de grande amplitude térmica.

Porém, as previsões do tempo para julho apontam algumas situações específicas para 2022 — que já puderam ser observadas nos primeiros dias do mês. Em resumo, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê menos frentes frias, temperaturas mais altas do que em junho e menor incidência de chuva para a maior parte do País.


Como ficam as chuvas no mês de julho?

As previsões do tempo para julho, divulgadas pelo Inmet na primeira semana do mês, indicaram bastante chuva apenas para o extremo norte do País e para o litoral do Nordeste — que estava, inclusive, sofrendo com enchentes no início do mês.


O índice pluviométrico esperado é de cerca de 140 milímetros nessas regiões. Para o restante do País, as frentes frias tendem a ser menos frequentes e intensas; assim, devem se concentrar apenas na região oceânica, sem grande impacto no interior.


O Sul, embora semelhante em volume pluviométrico (160 mm), deve ficar abaixo da média — a exceção é o Paraná, onde deve chover ainda menos, em especial na parte norte do Estado. Os Estados do Sudeste e Centro-Oeste, logo ao norte, também devem seguir esse padrão.


O Inmet destaca que, em algumas partes dos Estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e do interior do Nordeste, pode não chover em julho. A possibilidade de estiagem é preocupante, mas algumas medidas podem ser tomadas para diminuir o impacto da falta de chuvas neste mês.


Na agricultura, destacam-se o plantio direto, a lavoura em faixa ou o contorno para preservar o máximo de água no solo, bem como o uso de poços ou lençóis freáticos. A irrigação deficitária pode ser uma resposta para certas culturas, como o milho, que se adapta bem com menos água.


Para a pecuária, o principal cuidado é com o conforto térmico dos animais — além da nutrição, é claro. Afinal, os animais podem se alimentar menos se estiverem desidratados.

Como ficam as temperaturas para julho?

Apesar das ondas de frio observadas em junho, a previsão do tempo para julho não prevê um inverno tão gelado. As temperaturas devem permanecer na média ou acima dela na Região Sul, inclusive pode haver episódios de altas temperaturas.


Já o Brasil Central, sem frentes frias fortes, deve seguir o padrão de dias quentes e noites mais amenas, comum ao período. Dessa forma, ondas de frio podem atingir o Centro-Sul do País no fim do mês, com alguma possibilidade de geada.


É interessante lembrar que a geada branca — quando a temperatura desce depressa e há formação de gelo nas plantas — é menos prejudicial para a agricultura do que se imagina.

Ainda assim, é importante estar alerta para essa possível onda de frio, em especial em culturas sensíveis, como o café e hortifrutigranjeiros. Na Região Sul, o plantio de cultivares resistentes a baixas temperaturas é comum e recomendado.


Já as culturas de inverno, como trigo e aveia, podem até ser beneficiadas pela geada. A previsão de temperaturas acima da média é um ponto de atenção ainda mais importante do que a própria geada para esses casos. Vale a pena consultar as previsões semanais e diárias mais exatas para se prevenir.


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