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Imprevisibilidade econômica barra financiamento de caminhões novos e usados

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De acordo com a pesquisa B3, o mercado de financiamento de caminhões permanece em retração em 2025. Por se tratar de um segmento frágil, a venda de caminhões novos sofreu com um retrocesso de 17,6%, com 74.083 unidades financiadas, contra 89.912 operações em 2024. Já os seminovos seguiram estáveis no resultado acumulativo, no entanto, no mês de agosto, a redução chegou a 3,2%, respondendo por 11.907 unidades financiadas em comparação às 12.298 unidades de 2024.

Roberta Caldas, presidente da Transpocred, cooperativa que oferece soluções financeiras ligadas à logística e ao setor de transporte, ainda observa o interesse das transportadoras pelo serviço, porém essa vontade vem acompanhada de prudência e atenção. A instabilidade financeira atinge a todos, impõe limites e pode desincentivar o crescimento de pequenas e médias empresas, dificultando por sua vez a rentabilidade econômica do país.

“A procura se mantém constante, mas percebemos que os transportadores estão mais cautelosos. Muitos têm buscado alternativas de crédito não apenas para a compra de veículos, mas também para o fortalecimento do capital de giro, renegociação de dívidas e investimentos em modernização da frota. No geral, podemos dizer que o cenário econômico influencia diretamente o ritmo das aquisições”, afirma a presidente.

O Transporte Rodoviário de Cargas é um setor que lida constantemente com novas regulamentações, novos custos e mudanças estruturais. Com isso, a exigência e a obrigatoriedade de manutenção se tornam cada vez mais caras e complexas. A fragilidade está muito atrelada à falta de segurança, principalmente quando se trata do ponto de vista financeiro, que hoje é um gatilho grande para quem deseja se manter no mercado, inovar suas operações e renovar suas frotas .

“A confiança é o que move as decisões de investimento e expansão. Quando o empresário deixa de acreditar em estabilidade econômica e em condições favoráveis de mercado, ele posterga ou cancela planos que poderiam gerar crescimento e competitividade. No Transporte Rodoviário de Cargas, isso se reflete na renovação da frota, na ampliação da estrutura e até mesmo na geração de empregos. A insegurança trava decisões que seriam estratégicas para o desenvolvimento do setor”, aponta Roberta Caldas.

Com a chegada de outubro, o cenário evidencia que é necessário trabalhar bem as expectativas para fechar o ano dentro do esperado. Com todos os momentos econômicos vividos até aqui, o empenho continua voltado para manter o mercado aquecido e impulsionar ainda mais o desenvolvimento e a rentabilidade econômica tanto para o Brasil, quanto para os empresários que, por sua vez, entendem que muita insegurança pode ser um fator determinante para a estagnação dos negócios.

“Controlar e medir as expectativas no setor é um desafio, principalmente diante do cenário econômico instável. No entanto, é fundamental adotar uma abordagem estratégica que nos permita ter um termômetro mais preciso das necessidades e percepções dos nossos clientes, como a realização de acompanhamentos contínuos das variáveis econômicas que impactam diretamente nos financiamentos, como as taxas de juros, inflação e a flutuação do câmbio. O feedback constante dos clientes é a nossa principal base de informações, como as necessidades podem variar ao longo do tempo, a comunicação próxima nos permite identificar possíveis ajustes no perfil de risco e nas condições de crédito para garantir que possamos atender às demandas com assertividade”, finaliza.

 
 
 

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