Qual a diferença entre bitrem, bitrenzão e rodotrem?
- Fenatac Comunicação
- 20 de fev.
- 3 min de leitura

Apesar de existirem diversos outros tipos de composições nas estradas brasileiras, caminhões do tipo bitrem, bitrenzão e rodotrem são muito comuns, responsáveis pelo transporte de milhares de tipos de cargas diariamente. Mesmo sendo parecidos, esses conjuntos tem diferenças, e você vai conhecer elas agora.
O Bitrem

Com o crescimento das vendas de implementos de quatro eixos, o bitrem está ficando limitado a algumas operações, especialmente aquelas que têm restrições de espaço para manobras. É o caso do transporte florestal e de combustíveis, por exemplo.
Esse tipo de composição é formada por um cavalo mecânico de três eixos e dois semirreboques de dois eixos cada, totalizando sete eixos. Com essa configuração, o Peso Bruto Total Combinado é de 57 toneladas, e existem duas articulações no conjunto, com acoplamento direto do semirreboque na quinta-roda.
Os bitrens que circulam pelas estradas do país tem comprimento máximo de 19,8 metros.
O Bitrenzão

As principais diferenças entre o bitrem e o bitrenzão é o número de eixos e o comprimento. Enquanto o bitrem tem sete eixos, o bitrenzão tem nove eixos, e o comprimento varia de 25 a 30 metros.
Da mesma forma que o bitrem, o bitrenzão tem duas articulações, com os semirreboques engatados diretamente por uma quinta roda.
Com nove eixos no total, sendo três do cavalo mecânico e mais três de cada semirreboque, o bitrenzão tem um Peso Bruto Total Combinado de 74 toneladas, e garante maior carga líquida justamente por usar engates diretos por quinta-roda.
Para garantir melhor distribuição da tração e menor desgaste do asfalto, essas composições só podem ser rebocadas por cavalos mecânicos 6×4.
O Rodotrem

O rodotrem é o tipo de composição para 74 toneladas mais vendida do país. Esse tipo de implemento é muito usado no transporte de grãos, com carrocerias tipo graneleira e basculante, e é diferente do bitrenzão por usar uma dolly para o acoplamento entre o primeiro e o segundo semirreboque.
Esse tipo de carreta também mede entre 25 e 30 metros, e tem nove eixos, distribuídos da seguinte forma: 3 no cavalo mecânico 6×4, 2 na primeira carreta, 2 no dolly e 2 na segunda carreta.
Ele tem três articulações, formadas pelo engate entre o cavalo e primeira carreta, entre a primeira carreta e o dolly, e entre o dolly e a segunda carreta.
A utilização da dolly nesse tipo de composição aumenta a estabilidade lateral do conjunto, mas quase impossibilita a execução de manobras em marcha-à-ré.
Além do uso de cavalos mecânicos traçados (6×4), para garantir melhor distribuição da tração e menor desgaste do asfalto, essas composições maiores também exigem a obtenção de Autorização Especial de Trânsito (AET), e tem restrições de tráfego em rodovias de pista simples, em feriados e no período noturno.
Rodotrem de 11 eixos

Outra composição que é prevista no Brasil, mas pouco usada, é o rodotrem de 11 eixos. Autorizado a circular pelo Contran, esse tipo de carreta é específica para o transporte de cana-de-açúcar para usinas, com peso bruto total combinado de 91 toneladas.
São onze eixos, sendo três no cavalo mecânico (6×4), três na primeira carreta, duas na dolly e mais três na segunda carreta.
Apesar do ganho na carga transportada, o excesso de exigências para esse tipo de carreta reduz o interesse dos transportadores, porque são necessários diversos estudos, em especial de pontes e viadutos, para obtenção das liberações de circulação.
E, da mesma forma que o rodotrem de nove eixos, o modelo mais pesado tem três articulações e pode ter 30 metros de comprimento, sendo obrigatório o uso de cavalos 6×4 para sua operação.
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