Roubo de cargas se torna um problema crônico nos Estados Unidos
- Fenatac Comunicação
- há 13 minutos
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Os Estados Unidos estão enfrentando um sério problema nas rodovias, com o crescimento acelerado, nos últimos anos, do número de roubos de cargas nas estradas do país. De acordo com um amplo estudo do Instituto Americano de Pesquisa em Transporte (American Transportation Research Institute – ATRI), os transportadores norte-americanos perdem US$ 18 milhões por dia com os crimes.
Estatísticas apontam que o número de ocorrências cresceu tanto, que as empresas de transporte já consideram isso como parte dos custos da operação. No final de 2024, US$ 6,6 bilhões em cargas foram roubadas nas estradas do país.
Há ainda outro problema: Parte das cargas roubadas, cerca de 20% de acordo com o estudo, não está nos índices oficiais. Isso porque as empresas de transporte não fazem boletins de ocorrência na polícia. 9% das transportadoras entrevistadas nunca fizeram um relato às autoridades sobre os crimes.
Isso acontece porque uma boa parcela das cargas tem valores baixos, como US$ 500 ou menos (roubo parcial da carga), e a denúncia acaba não compensando financeiramente para as empresas.
Outros custos envolvidos nesses delitos, além da perda das cargas, é o custo com veículo e pessoal. Muitas vezes o caminhão desaparece completamente, e o custo para encontrar ou substituir o veículo pode ser até 6 vezes maior que o valor das cargas.
A Polícia, quando alertada, inicia imediatamente as buscas pelas cargas roubadas, mas o número de cargas roubadas não recuperadas é alto, cerca de 74% do total. Apenas 2% são totalmente recuperadas, com o restante sendo parcialmente recuperada.
A pesquisa também apontou que os crimes têm uma frequência média de 1 roubo para cada 75,8 caminhões nas estradas.
Entre os estados, a Califórnia é onde se concentram a maior parte dos crimes. Outros com maior número de roubos são Illinois, Texas, Geórgia e Tennessee.
Cargas como alimentos, eletrônicos, peças de veículos e bebidas são as mais visadas pelos criminosos. Isso porque tem uma venda mais simples pelos criminosos, por terem valores mais baixos.
O estudo não apontou causas para essa alta nos crimes, nem políticas para redução das ocorrências.
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