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Área degradada é recuperada para reativar aeroporto de cargas de Anápolis

Jornal Opção

Luan Monteiro - 16 outubro 2025 às 19h10

As intervenções começaram há cerca de dois meses e têm caráter emergencial

Obras de recuperação | Foto: Divulgação
Obras de recuperação | Foto: Divulgação

O Governo de Goiás iniciou a maior obra de recuperação ambiental em andamento no Estado, com investimento de R$ 38 milhões, para sanar danos provocados durante a construção do Aeroporto de Cargas de Anápolis, entre 2010 e 2012. Estudos da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) apontaram que a negligência na drenagem pluvial original gerou processo erosivo em uma área de 160 hectares, o equivalente a 224 campos de futebol.

As intervenções começaram há cerca de dois meses e têm caráter emergencial. Segundo o presidente da Goinfra, Pedro Sales, a meta é concluir a primeira etapa antes do início do período chuvoso. “Temos um compromisso com o povo anapolino, que vê nesse empreendimento um vetor de desenvolvimento. Nossa meta é dar uma resposta rápida, ainda neste período de seca, entre novembro e dezembro”, afirmou.

O diagnóstico ambiental realizado pela autarquia revelou problemas interligados que comprometem a pista do aeroporto e incluem zonas de assoreamento e três grandes voçorocas, estágio mais grave do processo erosivo. De acordo com Sales, um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) foi elaborado para orientar as ações. “É uma situação que se arrasta há 12 anos e que terá fim definitivo com essa intervenção que já está em curso”, disse.

O gerente de Estudos Ambientais da Goinfra, Fábio Miguel da Silva Borges, explica que a recuperação envolve seis etapas principais: implantação da drenagem pluvial adequada, correção dos processos erosivos, reconstrução da cabeceira da pista, desassoreamento de cursos d’água, reflorestamento das áreas de preservação e terraceamento do solo. “As quatro etapas iniciais já estão em andamento e devem ser concluídas durante o período de estiagem. A revegetação e o reflorestamento formam a etapa final do contrato”, detalhou.

Segundo o projeto, serão construídos terraços em nível para aumentar a infiltração da água da chuva e reduzir a velocidade do escoamento. A conclusão dessa etapa permitirá a retomada das obras estruturais do aeroporto.

A origem do problema, segundo a Goinfra, está na ausência de um sistema de drenagem adequado durante a construção. “Pensaram na pista, na pavimentação, mas ignoraram o sistema que poderia evitar os estragos que estamos resolvendo hoje”, afirmou Pedro Sales.

Após a conclusão das intervenções, o aeroporto será devolvido à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) para reinvestimentos na pista. A meta do governo é homologar parcialmente o local para pousos e decolagens até 2026.

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, destacou o impacto econômico do empreendimento. “O Aeroporto de Cargas vai trazer um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade. Já estamos em contato com operadores logísticos renomados, em tratativas bem avançadas. Estamos só aguardando o desenrolar das obras.”

 
 
 

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