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Artigo – Investimentos em IA reduzem roubos de carga, mas precisam crescer para enfrentar fraudes cada vez mais sofisticadas

Imagem de Rafael Brusque Toporowicz / Blog do Caminhoneiro
Imagem de Rafael Brusque Toporowicz / Blog do Caminhoneiro

Nos últimos meses, estatísticas divulgadas por entidades setoriais mostraram uma redução no número de roubos de carga no Brasil. Um exemplo é a região Sudeste: de acordo com o FETCESP, apesar da região continuar sendo o epicentro dos roubos de carga no país, apresentou uma redução de 80,6% em 2024 para 62,4% em 2025 no percentual de prejuízos registrados — queda de 18,2 pontos percentuais.

O dado representa um avanço importante e sinaliza que os esforços de segurança começam a dar resultados. No entanto, ainda estamos diante de um problema estrutural: mesmo em queda, os números continuam muito altos, colocando não só a região, como o Brasil entre os países mais afetados por esse tipo de crime.

O roubo de cargas não é apenas uma estatística. Ele impacta diretamente a economia, o setor de transporte e a vida de milhares de caminhoneiros. Estima-se que, mesmo com a retração recente, as perdas anuais sigam na casa de bilhões de reais. Isso significa custos adicionais para transportadoras, embarcadores e seguradoras, que acabam sendo repassados ao consumidor. Em última instância, cada produto que chega às prateleiras fica mais caro porque parte da cadeia logística precisa se proteger contra o crime.

Um dos maiores golpes atualmente é o da triangulação, no qual criminosos se passam por transportadores legítimos para assumir cargas de alto valor. Essa fraude reforça como o problema evolui constantemente e exige respostas inovadoras. Por isso, investir em tecnologia, como IA, machine learning e dados em tempo real para conectar caminhões a cargas de maneira mais eficiente e segura, é cada vez mais necessário.

Já há algum tempo existem plataformas que conectam transportadoras, embarcadores e motoristas. Elas facilitam o dia a dia de todos que estão neste processo, mas é importante também que todo o processo de contratação do frete aconteça dentro da plataforma, já que existem inúmeros processos de validação e checagem ali dentro.

Isso traz muito mais segurança para transportadores, embarcadores e motoristas, reduzindo significativamente os riscos de fraude e de perdas. Mais do que oferecer soluções digitais, é necessário fomentar um ecossistema mais seguro e transparente, em que todos os agentes da cadeia logística possam colaborar.

O Brasil já provou que pode avançar. A queda recente nos indicadores aqui no Sudeste é um sinal de que esforços conjuntos trazem resultados. Mas ainda precisamos transformar essa redução em uma mudança estrutural, com investimentos sólidos no setor. Hoje, a tecnologia é um dos melhores caminhos para isso.


Artigo de Federico Vega é CEO da Frete.com

 
 
 

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