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Baixo nível do Guaíba afeta operação do Catamarã e transporte de cargas por navios

Foto: Alina Souza


Embarcações têm ingresso no canal com redução da carga, enquanto CatSul registra atraso no trajeto Guaíba-Porto Alegre

O baixo nível do Guaíba em razão da falta de chuva e direção dos ventos altera a operação do catamarã e afeta a quantidade das cargas transportadas pelos navios que circulam pelo canal em Porto Alegre.

No catamarã, a CatSul informa que a operação se torna crítica com a baixa do nível a partir de 30 centímetros. A maior dificuldade está no trajeto Guaíba-Porto Alegre durante os horários de maior movimento.

O gestor de operações da CatSul, João Pedro Wolff, revela que o catamarã não consegue utilizar o sistema de semi-planeio que permite atingir maiores velocidades já na saída do cais. Assim, os usuários acabam enfrentando um atraso de até cinco minutos na viagem para a Capital.

No sentido contrário, por conta da configuração do Guaíba, o sistema pode ser utilizado sem dificuldades. Para o gestor da CatSul, a situação seria resolvida com a dragagem do trecho.

— Desde que começamos a operar nunca houve uma dragagem de manutenção, mesmo estando no contrato de concessão. Além disso, ainda não há uma regulamentação de qual órgão é responsável pelo trabalho. No momento, eu não tenho nem para quem reclamar da falta de dragagem — avaliou João Pedro Wolff.

Dragagens previstas para o primeiro semestre

No caso dos navios que atuam no transporte de cargas, o baixo nível das águas influencia na quantidade de material que pode ser carregado. Conforme a PortosRS, responsável pela regulação da navegação marítima no Rio Grande do Sul, a situação vem sendo monitorada.

A orientação para que as embarcações reduzam em até 10% o total da carga ocorre quando o nível do Guaíba fica abaixo de 40 centímetros. Se for registrada uma queda maior, a entrada dos navios acaba deixando de acontecer.

— Quando o nível baixa muito e precisamos reduzir as cargas de 20% a 30% por navio, fica inviável. O frete vai para valores muito elevados — afirmou o Gerente de Planejamento da PortosRS, Fernando Estima.

A PortosRS confirma que a dragagem dos canais é a solução para o problema, que não ocorre apenas em função da estiagem. Dos cinco pontos que necessitam do serviço, apenas um — o canal da Feitoria — já passou por uma dragagem emergencial. Nesta sexta-feira (13), a régua do Cais Mauá registra o nível do Guaíba em 47 centímetros. Nos próximos 60 dias, a estatal realizará a batimetria dos canais para atualizar os dados. A expectativa da PortosRS é iniciar os trabalhos ainda no primeiro semestre. O recurso para a realização das dragagens, de R$ 60 milhões, já estaria determinado pelo governo do RS.

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