POR IMPRENSA | MAR 9, 2023 | NOTÍCIAS, OUTROS, RODOVIÁRIO
Foto: Divulgação/PRF
Setor responsável pelo transporte de cargas rodoviário já estuda entrar com medidas judiciais perante aos órgãos responsáveis pela gestão da rodovia.
Após a notícia de que a BR-277, principal ligação ao Porto de Paranaguá está bloqueada por falta de manutenção preventiva, ocasionando graves rachaduras no asfalto no km 33, em Morretes, o Sistema FETRANSPAR, que compõe um dos principais segmentos do setor produtivo, o de transporte de cargas rodoviário, afirma que já estuda entrar com medidas judiciais perante aos órgãos responsáveis pela gestão da rodovia.
“Já tentamos de tudo e pouquíssimo foi feito nesses últimos meses. Lá atrás, ainda no primeiro semestre de 2021, já havíamos alertado o Estado do Paraná de que ‘acabar com o pedágio seria um tiro no pé', e que a melhor saída era um ‘pedágio de manutenção', até que novas concessões assumissem o trecho. Mas, o governo em sua teimosia não nos ouviu e agora está acontecendo o que temíamos, enfrentar caos nas estradas rumo a um dos principais portos do País”, diz o presidente do Sistema FETRANSPAR, Coronel Sérgio Malucelli.
O representante do setor afirma que a Federação já acionou a sua equipe jurídica para verificar formas legais de cobrar judicialmente os órgãos competentes. “Não vemos mais outra alternativa. Somente o bloqueio no km 42 que já completa 5 meses deixa prejuízos de mais de R$100 milhões para o setor. Onde iremos parar se a todo instante novas pontos ficarem impraticáveis de circulação?”, questiona.
Para a Federação, os órgãos responsáveis pela BR-277, bem como o Governo Estadual, estão agindo em ações corretivas na estrada e não nas preventivas. “Isso precisa mudar, os responsáveis precisam se ater aos problemas que podem ocorrer em uma rodovia e não ficar correndo atrás do prejuízo, ou melhor ficar jogando o prejuízo para o setor produtivo”, critica Malucelli.
Segundo o presidente da entidade, a preocupação com a falta de monitoramento das estradas é grande no setor. “Com a notícia de hoje, desta fissura, nos abrem algumas outras perguntas como: e as dezenas de pontes de viadutos que temos na Serra do Mar, como elas estão em sua infraestrutura? Estão sendo monitoradas? Quando havia a iniciativa privada administrando esse era um dos papeis da empresa responsável pelo trecho”, lembra o presidente.
A BR-277 conta com inúmeras pontes e viadutos no percurso até o Litoral do estado, entre eles as grandes estruturas na Serra do Mar, como o Viaduto Caruru, Viaduto Morro Alto e Viadutos dos Padres, construídas para receber tipos de tráfego que não condizem como os de hoje, e que precisam de monitoramento.
“Vamos cobrar das autoridades um resposta a quantas andam esse trabalho preventivo nessas importantes pontes da Serra do Mar, para que no futuro novamente não sejamos surpreendidos com notícias de novos fechamentos na BR-277”, frisa Sérgio Malucelli. Como setor produtivo, vamos cobrar do Governo ainda projetos a médio e a longo prazo que não deixe o Paraná refém de uma única estrada que liga ao principal Porto de escoamento de Grãos no Brasil. Novas rotas e tuneis precisam começar a ser discutidos”, conclui.
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