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Executive Program: o impacto da inovação no transporte mundial

Por imprensa out 4, 2023 Notícias, Outros

Disrupção, inteligência artificial e cibersegurança ditam os rumos e a estabilidade dos negócios, novos ou perenes

Para David Roberts, especialista em inovação e um dos maiores nomes mundiais em disrupção de negócios, tecnologias exponenciais e liderança, é preciso que os gestores compreendam a Teoria da Inovação Disruptiva, de Clayton Christensen, para uma melhor condução do futuro dos negócios. “Nos próximos 20 anos, uma nova teoria da disrupção vai impactar o mundo mais do que qualquer outra teoria e ideia. Se você conseguir notá-la e entendê-la, ela deixará de ser uma ameaça. Se você não consegue vê-la chegar, não tem como ganhar”, destaca.

David Roberts explica que 90% das empresas que constavam na Fortune 500 em 1995 — lista anual compilada e publicada pela revista Fortune com as 500 maiores corporações dos Estados Unidos de acordo com receita total/ano fiscal — não continuam na lista atualmente, e a previsão é de que mais da metade das que ainda permanecem no ranking não estejam nele nos próximos anos.

Em contrapartida, se eram raras as empresas com mais de US$ 1 bilhão de faturamento (as chamadas unicórnios), entre os anos 2011 e 2013, algo mudou drasticamente a partir de outubro desse último ano, quando esse número cresceu exponencialmente. É exatamente por isso que David Roberts sugere que os CEOs e diretores de pequenas, médias e grandes empresas precisam ter uma visão disruptiva sobre o que está acontecendo, no presente, e o que está prestes a acontecer, em um futuro a curto e médio prazos.

“O setor de transporte já sofre esse nível de disrupção e está prestes a passar por uma ainda maior. O Brasil ainda não passou por essa disrupção, mas está prestes a passar. Por isso, precisamos estar preparados e entender a teoria e a tecnologia. A teoria dá poder, porque permite que se faça a previsão sobre o que e quando ocorrerá a disrupção”, aponta David Roberts.

Para exemplificar a teoria da disrupção, Roberts demonstrou a evolução dos carros. Quando da sua invenção, em 1886, um carro custava mais de US$ 1 milhão. Naquela época, somente os muito mais ricos tinham condições financeiras de utilizá-lo como meio de locomoção. Alguns anos mais tarde, mais precisamente em 1913, Henry Ford implantou a linha de produção para a montagem de veículos, contribuindo para a redução do preço dos carros. No entanto, levou mais quatro anos para que os valores dos automóveis caíssem a ponto de a população conseguir comprá-los, tornando-os a primeira opção de locomoção terrestre das pessoas.

David Roberts explica que a invenção do carro não representa uma disrupção, segundo a teoria de Christensen, uma vez que não foi suficiente para que a inovação fosse democratizada. Nesse caso, a disrupção acontece em meados de 1917, quando os preços dos automóveis caem ao ponto de se ver mais carros nas ruas que carruagens e cavalos.

“Saber sobre disrupção e entender a teoria ajudam a perceber no que investir e a não ter medo das novidades e das mudanças”, destaca David Roberts. É exatamente isso que Elon Musk, empreendedor e empresário, entendeu e o que o fez criar a Tesla, entre outros negócios.

Segundo a teoria de Christensen, a Tesla não representa um exemplo de inovação disruptiva porque os modelos vendidos ainda têm altos valores, não favorecendo a popularização da tecnologia. No entanto, a criação de um modelo de carro com apenas 150 peças (ao contrário das 300 mil peças dos modelos padrões do mercado) causa disrupções ao permitir que a linha de montagem seja mais rápida e prática, além de desvincular a venda dos automóveis das tradicionais concessionárias de veículos (que dão lugar aos shoppings e à internet nessa comercialização). Esses e outros fatores permitem que a Tesla fature mais que as montadoras tradicionais, em menor tempo (afinal, a cada 60 segundos, um novo carro é montado). Toda essa inovação torna o crescimento do negócio exponencial.

Roberts explica que Elon Musk entendeu a curva de crescimento do negócio e, logicamente, da inovação disruptiva. Ele sabe que, ainda que os modelos elétricos estejam acima do preço que a população padrão pode pagar, em pouco tempo será possível fabricá-los a baixo custo, barateando a sua comercialização. Quando isso acontecer, as montadoras que tiveram visão de futuro e coragem para encarar o novo dominarão o mercado. Não apenas o setor do transporte, mas especialmente o mercado de tecnologia para veículos.

“Se você pensa que está seguro, provavelmente está enganado. Todas as indústrias sofrerão disrupção. O mercado não é um bom indicador de futuro”, conclui David Roberts.

Insights sobre cibersegurança e inteligência artificial

Marcelo Pinheiro, especialista em cibersegurança, e Alexandre Nascimento, especialista em inteligência artificial, instigam a reflexão dos empresários do Sistema Transporte com alguns insights sobre essas temáticas. Confira a seguir:

– O setor de transporte será empoderado pela inteligência artificial. Com isso, as empresas precisarão tratar a informação de forma diferente.

– A cibersegurança das empresas está sendo auditada a cada segundo por atores conhecidos e desconhecidos.

– O investimento em cibersegurança precisa ser proporcional à sofisticação dos ataques utilizados atualmente pelos hackers e ao valor do negócio que se quer defender.

– As empresas precisam ter cuidado com ataques via phishing: crime cibernético popular no qual os criminosos tentam obter informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito, informações bancárias ou outros dados pessoais, fingindo ser uma entidade confiável. Apesar de parecerem inofensivos, é importante lembrar que o primeiro passo de um ataque hacker é fazer o reconhecimento digital da estrutura de cibersegurança da empresa, e o phishing é a porta de entrada para essa avaliação.

– A prevenção a ataques cibernéticos é feita a partir de treinamento, tecnologia, processos, ferramentas e governança. Por isso, invista em uma política de segurança da informação.

– A inteligência artificial tem a capacidade de exponencializar os resultados dos negócios.

– Organizações que investirem em inteligência artificial irão substituir aquelas que não utilizarem esse tipo de tecnologia para a condução de seus negócios.

– A inteligência artificial, combinada com outras tecnologias exponenciais, irá redesenhar por completo o sistema de transporte atual.

– Antes de tentar incluir inteligência artificial em seus negócios, os empresários devem entender o passado e presente, buscando compreender qual o nível de maturidade digital das suas empresas. Essa avaliação permite conhecer a fundo as necessidades atuais de cada negócio, para que a implantação de inteligência artificial seja possível em um futuro a curto, médio ou longo prazos.

Executive Program

Até a próxima quarta-feira (4), um grupo de 80 executivos do Sistema Transport participam do Executive Program SEST SENAT, evento realizado em Embu das Artes (SP), em parceria com a Singularity University Brazil — empresa estadunidense que oferece programas de educação executiva, incubadora de empresas e serviços de consultoria empresarial.

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