Ministro destaca R$ 30 bi previstos em infraestrutura até 2026

Por Portal Be News

27 de maio de 2025 às 14:59

Da Redação

Fonte: Fabio Rodrigues - Pozzebom / Agência Brasil

Ainda segundo Silvio, investimentos em petróleo e gás, energia e outros modais fazem com que o mercado estrangeiros preveja R$ 200 bilhões no país

Com a maior carteira de investimentos da história no setor de portos e aeroportos, o Brasil deve fechar o período de 2023 a 2026 com 60 leilões e R$ 30 bilhões em obras, melhorias e contratação de trabalhadores. Os números foram ressaltados pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante o programa Bom Dia, Ministro desta terça-feira (27), transmitido pelo Canal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Nos últimos meses, o ministro apresentou as oportunidades de projetos para investidores europeus e chineses. Para o ministro, os indicadores econômicos do Brasil, como o crescimento seguido do PIB (Produto Interno Bruto) e de setores como a indústria e serviços, ampliação de mercados para o agronegócio, menor desemprego da história e maior renda dos trabalhadores, aliados com as recentes medidas protecionistas do governo norte-americano, criam o cenário ideal para investimentos estrangeiros.

“O Brasil passou a ser um dos principais países emergentes no mundo mais procurados por investidores internacionais porque o Brasil tem bons projetos, tem a segurança jurídica e tem a oportunidade de você ter várias alternativas de investimentos. Isso vai ser fundamental para gerar emprego e para ajudar no desenvolvimento do Brasil. Então, o mundo tem observado o Brasil como a grande janela de oportunidades”, afirmou o ministro

De acordo com ele, investimentos em petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias, portos e aeroportos fazem com que o mercado globalizado de investidores estrangeiros já preveja investimentos no Brasil na ordem de mais de R$ 200 bilhões.

Um dos projetos destacados por Silvio Costa Filho é o Túnel Santos-Guarujá, considerado estratégico para o desenvolvimento do Porto de Santos, responsável por 31% da corrente de exportação e importação do Brasil, e do estado de São Paulo.

Estimada em R$ 6 bilhões, a obra será viabilizada por meio de uma parceria entre o Governo Federal e o Governo de São Paulo. O leilão está previsto para setembro deste ano. O túnel, maior investimento em infraestrutura de transportes do Novo PAC, será o primeiro túnel submerso da América Latina, com 870 metros de extensão e 21 metros de profundidade.

“Ele será fundamental para o desenvolvimento do Porto de Santos, para o fortalecimento do escoamento da produção. Essa obra vai ajudar na mobilidade urbana e fortalecer o maior porto da América Latina”, explicou o ministro

Leilões em julho

O ministro também falou sobre o segundo bloco de leilões portuários, previsto para julho deste ano. Com valor total de R$ 1,03 bilhão, o novo bloco engloba quatro terminais nos seguintes portos: Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vila do Conde (PA) e Maceió (AL). No primeiro leilão do setor em 2025, realizado em abril, quatro terminais portuários foram arrematados, com investimentos e aportes de cerca de R$ 2 bilhões.

“Quando a Lei de Portos foi criada, em 2013, até 2022, foram realizados no Brasil 41 leilões, o que significou investimentos na ordem de R$ 6 bilhões de reais. Agora, nos quatro anos do nosso governo, nós vamos realizar o equivalente a 60 novos leilões no Brasil, que vão dar investimentos na ordem de mais de R$ 30 bilhões”, disse. O ministro explicou que o objetivo dos leilões é descentralizar a atividade portuária.

“Por que nós estamos acelerando isso? Porque na hora que você tem um grande investimento portuário, isso gera emprego, gera renda e movimenta a economia dos seus respectivos estados”, afirmou.

“Nossa meta é poder descentralizar os investimentos no setor portuário brasileiro. E é o que está acontecendo, não só com investimentos públicos, investimentos privados, mas com essa grande carteira de concessões. Então tudo isso vai descentralizando o fortalecimento do setor portuário do país, e mais do que isso, vai gerando emprego e fortalecendo a economia em todas essas regiões do país”, comentou.

Aeroportos

Durante a entrevista com jornalistas de portais de notícias e emissoras de rádio de todo o país, Silvio Costa Filho falou sobre os números recordes de movimentação nos aeroportos e os investimentos na aviação regional.

O país teve crescimento de 10% no fluxo turístico nacional e de 14% na movimentação internacional nos aeroportos brasileiros em relação a 2022.

O ministro lembrou que, quando o presidente Lula assumiu o governo, em janeiro de 2023, o número de passageiros viajando pelo país era de 98 milhões.

Em dois anos, incluímos mais de 20 milhões de passageiros na aviação do país, de 98 milhões para 118 milhões de passageiros”, afirmou o ministro

“Agora batemos um excelente recorde. Tivemos em quatro meses — janeiro, fevereiro, março e abril — mais de 2 milhões de turistas internacionais que vieram para o Brasil. É o maior volume já registrado. Isso gera emprego, renda, movimenta a economia. E a nossa expectativa é que agora, no mês de julho, possamos ter crescimento em mais de 6% no fluxo de turistas viajando pelo Brasil em função do aumento de renda. E um dado importante: a cada quatro turistas que chegam a uma cidade, um emprego é gerado”, disse.

O segmento de aeroportos registrou 42 obras em 2024, com R$ 3,2 bilhões (sendo R$ 2,7 bilhões em concessões). Em 2025 e 2026, serão 66 obras em 55 aeroportos, com R$ 9,7 bilhões (sendo R$ 8,7 bilhões em concessões).

Segundo o ministro, no mês que vem deve ser lançado o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais, o AmpliAR. A iniciativa tem como objetivo atrair investimentos privados para terminais localizados em regiões estratégicas e com baixa conectividade.

A nossa expectativa é que a gente possa reformar, requalificar e construir quase 50 aeroportos regionais do Brasil. É uma prioridade nossa a aviação regional porque fortalece muito a economia local. Na hora que um aeroporto regional chega, a economia local cresce mais, o PIB daquela região cresce mais de 3% só por conta da condição do aeroporto”, afirmou Silvio Costa Filho