Por FENATAC Comunicação
17/08/2021
De vez em quando, alguém me pergunta se a expansão gradual das ferrovias não preocupa as empresas de transporte de cargas, "será que elas vão, de fato, tirar o trabalho dos caminhões nas estradas?" A meu ver, a resposta é não.
Veja o exemplo dos países onde as ferrovias estão amplamente presentes, como na Europa e EUA: os caminhões continuam fazendo seu trabalho, sendo os modais de transporte ferroviário, rodoviário, aquaviário e aéreo, absolutamente complementares.
Aliás, esse é o segredo do sucesso: a complementariedade dos modais. Os vagões dos trens, por mais modernos que sejam, não entram dentro das fábricas ou fazendas, não param diante dos supermercados e lojas, ou seja, sempre será necessário o apoio do transporte rodoviário.
Naturalmente que o aumento da malha ferroviária em um primeiro momento pareça tirar cargas dos caminhões mas creio que a tendência é que o setor de transporte de cargas se adeque , com uma redução das milhagens percorridas pelos caminhões, gerando novas oportunidades, novos modelos de negócios.
Em um futuro nem tão distante assim, é possível que nossos caminhões percorram distâncias menores para entregar suas cargas, reduzindo o consumo de combustível, o desgaste com peças, as dificuldades de se conseguir motoristas para longas viagens. Mas as empresas transportadoras continuarão a ter um papel para lá de importante na cadeia logística de escoamento da produção.
O essencial é que rodovias e ferrovias, bem como aeroportos e portos, sejam interligados de maneira inteligente, de modo a gerar mais negócios, mais eficiência, mais oportunidades para todos.
Seja como for, uma coisa não mudará jamais: a presença atuante da FENATAC na defesa dos interesses de nossas empresas transportadoras!
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